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Cardeal diz que Vatileaks será irrelevante em conclave

O cardeal de Sevilha, Carlos Amigo Vallejo, ressaltou que a Igreja está unida e que, apesar dos diferentes pontos de vista, "não há confrontos"


	Cardeal canadense Thomas Christopher Collins chega para reunião na Sala do Sínodo, no Vaticano
 (REUTERS / Max Rossi)

Cardeal canadense Thomas Christopher Collins chega para reunião na Sala do Sínodo, no Vaticano (REUTERS / Max Rossi)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 07h31.

Cidade do Vaticano - O cardeal de Sevilha, Carlos Amigo Vallejo, assegurou nesta segunda-feira que o Vatileaks - como é chamado o escândalo gerado a partir da divulgação de documentos privados do Vaticano - será "irrelevante" no próximo conclave, ressaltando que a Igreja está unida e, apesar dos diferentes pontos de vista, "não há confrontos".

Amigo Vallejo, de 79 anos, fez estas afirmações no momento de sua chegada ao Vaticano, onde foi acompanhar a primeira congregação de cardeais para preparar o conclave que elegerá ao sucessor de Bento XVI.

O purpurado, um dos cinco cardeais espanhóis eleitores - com menos de 80 anos -, assegurou que o Vatileaks "é irrelevante" no momento de se escolher o novo papa.

"Que segredos de Estado esse suposto escândalo revelou?", indagou o cardeal espanhol diante da insistência dos jornalistas. Segundo Amigo Vallejo, a Igreja tem outras preocupações e desafios mais importantes para enfrentar.

O cardeal espanhol, franciscano, ressaltou que na Igreja, "como é normal entre seres humanos", há "critérios diferentes" na hora de analisar um tema, "mas não há confrontos".

"A Igreja está unida e isso é o que importa", assegurou o cardeal.

Perguntado sobre se este seria o conclave mais difícil, o purpurado afirmou que "não" e lembrou que houve momentos mais difíceis para a Igreja "durante as grandes guerras mundiais".

Já em relação à idade que o novo deve ter, Amigo Vallejo disse que o importante é que o pontífice seja "um bom pastor".

Amigo Vallejo foi dos poucos cardeais que falou com a imprensa antes de entrar na primeira congregação de purpurados. A maioria dos purpurados, embora tenha cumprimentado, evitou fazer declarações.

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