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Cardeal defende papa de acusações durante ditadura argentina

Os críticos de Bergoglio afirmam que ele teve relação com a detenção de dois missionários jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics


	George Pell: "O diretor da Anistia Internacional daquela época disse que as acusações são completamente falsas", declarou o arcebispo de Sydney
 (AFP / Roslan Rahman)

George Pell: "O diretor da Anistia Internacional daquela época disse que as acusações são completamente falsas", declarou o arcebispo de Sydney (AFP / Roslan Rahman)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 07h43.

Sydney - As acusações de cumplicidade com a ditadura argentina (1976-1983) contra o arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio, que na quarta-feira foi eleito papa Francisco, são uma "mentira", declarou nesta sexta-feira o cardeal australiano George Pell, eleitor no conclave.

A controvérsia sobre a atitude da Igreja durante os anos de chumbo da ditadura voltou à tona após a eleição de Bergoglio, que compareceu como testemunha em vários processos sem que jamais a justiça demonstrasse qualquer envolvimento.

Para o arcebispo de Sydney, membro do colégio cardinalício, "as histórias foram desmentidas há anos".

"O diretor da Anistia Internacional daquela época disse que as acusações são completamente falsas. Eram difamação e mentiras", declarou Pell à rádio ABC.

Ao ser questionado se o papa Francisco deveria falar sobre o tema, disse que não, "de maneira nenhuma".

Os críticos de Bergoglio afirmam que ele teve relação com a detenção de dois missionários jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, presos em 23 de março de 1976 e liberados cinco meses depois. Eles foram torturados na Escola de Mecânica da Armada (ESMA). Na época, o prelado argentino comandava a ordem dos jesuítas.

"Fiz o que pude, com a idade e as poucas relações que tinha, para interceder a favor das pessoas sequestradas", afirmou Jorge Bergoglio em um livro de entrevistas.

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