Agência de notícias
Publicado em 5 de maio de 2025 às 12h32.
No último dia de reuniões pré-conclave, os cardeais discutiram as divisões na Igreja e as tarefas que esperam o próximo Papa. Estavam presentes 179 cardeais, sendo 132 aptos a votar na Capela Sistina. O Vaticano não informou o nome do único eleitor que não participou dos debates da manhã desta segunda-feira.
Para esgotar a lista de escritos, o decano dos cardeais convocou uma sessão extra para o fim da tarde. O objetivo é que ninguém chegue à véspera do conclave sem ter tido a chance de falar ao colégio eleitoral.
Na primeira reunião do dia, os cardeais discutiram temas como a divisão da Igreja, o papel das organizações humanitárias ligadas à Caritas e os desafios de transmitir a fé num mundo fragmentado, informou o porta-voz da Santa Sé.
Os eleitores disseram que o próximo Papa deverá ter perfil pastoral, estar presente nas questões atuais e transmitir proximidade, como Francisco. Ao menos um cardeal lembrou o momento em que o Papa rezou sozinho da Praça de São Pedro no auge da pandemia, num gesto para incentivar a fé num período de grande incerteza.
Alguns cardeais também mencionaram a presença de “tantos jornalistas” no Vaticano. Além dos cerca de 250 repórteres que cobrem o cotidiano da Igreja, há mais de mil enviados especiais de todo o mundo para transmitir notícias do conclave.
Nesta segunda, o camerlengo Kevin Farrell sorteou os quartos que cada um dos 133 cardeais eleitores vai ocupar durante o período de isolamento no Vaticano. Eles ficaram espalhadas em dois prédios: Santa Marta, onde vivia o Papa Francisco, e Santa Marta Antiga, no mesmo conjunto.
Neste ano, o Vaticano não abrirá a Capela Sistina para fotógrafos e cinegrafistas antes do início da votação. As únicas imagens serão captadas e transmitidas pelo serviço de imprensa oficial da Santa Sé.