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Carbono zero:o exemplo do Reino Unido para reduzir as emissões

Com uma campanha batizada de “Business Climate Leaders”, governo quer incentivar as pequenas empresas a reduzirem suas emissões pela metade até 2030

Oxford Street, em Londres.  REUTERS/Peter Nicholls/File Photo (Peter Nicholls/Reuters)

Oxford Street, em Londres. REUTERS/Peter Nicholls/File Photo (Peter Nicholls/Reuters)

No Reino Unido, as pequenas empresas foram convocadas a assumir pequenos e práticos passos para cortar suas emissões de CO2 como parte da jornada do país de ser net zero até 2050. A convocação foi feita pelo primeiro-ministro Boris Johnson em maio deste ano.

Com uma campanha batizada de “Business Climate Leaders”, a iniciativa quer incentivar as pequenas empresas a se comprometerem a reduzir suas emissões pela metade até 2030 e zerá-las até 2050 ou antes. 

Para isso, as pequenas empresas podem contar com o apoio do Centro do Clima para Empresas, do Reino Unido. Ali, encontram ferramentas práticas, materiais e aconselhamento para entenderem suas emissões e desenvolverem um plano para reduzi-las.

As etapas indicadas podem incluir a instalação de lâmpadas que economizam energia, a mudança para veículos elétricos e outras formas de transporte mais limpas para reduzir a pegada de carbono, a busca por opções de embalagens ecológicas ou a introdução de ciclos de trabalho para os funcionários. 

Para o governo britânico, agir sobre as mudanças climáticas ajudará as empresas a crescer, aproveitar novas oportunidades, criar novos empregos, incentivar o investimento e se adaptar aos desafios de um planeta em mudança.

Ao mesmo tempo, a redução das emissões pode diminuir os custos operacionais das empresas, gerar economia de dinheiro e atrair novos clientes - em última análise, ajudando-os a manter uma vantagem competitiva local e globalmente.

Selo Carbono Zero

No Brasil, algumas empresas de menor porte já adotaram práticas para reduzir suas emissões ou neutralizar a pegada de carbono. É o caso da Diamante, no setor de transporte há cinco décadas, com sede no Paraná e 92 funcionários.

A empresa conquistou o selo Carbono Zero no final de 2020. Caio Cantú, diretor executivo da Diamante, explica que a companhia neutralizou todas as emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos veículos (caminhões) da sua frota própria e subcontratados referentes ao ano de 2020.

As emissões foram mensuradas com base nas diretrizes do GHG Protocol e os créditos de carbono adquiridos para a neutralização das emissões são certificados pelo Verified Carbon Standard.

Esses créditos, segundo ele, provêm do Projeto REDD+ Jari-Pará, desenvolvido pela Biofílica, um projeto que atua evitando o desmatamento da floresta Amazônica, preservando a biodiversidade e apoiando o desenvolvimento socioeconômico sustentável local.

Além da neutralização das emissões, a Diamante tem outras ações para minimizar seu impacto ambiental.

“Nossas operações de transporte são constantemente auditadas, os veículos da operação passam por auditorias frequentes para atestar que os níveis de emissões de gases estão dentro do permitido”, diz Cantú. “A busca constante na renovação da frota também é uma meta da empresa, trazendo mais tecnologia que melhora o consumo e a performance de rodagem por litro de diesel.” Segundo ele, a idade média da frota está em 2,2 anos.

 

Diamante: no setor de transporte há cinco décadas, empresa conquistou o selo Carbono Zero no final de 2020 (Diamante/Divulgação)

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