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Capriles suspende convocar protestos para evitar violência

"Todos os que estão aqui, estão dispostos a abrir um diálogo para que a crise seja resolvida nas próximas horas", afirmou Capriles, dirigindo-se ao governo


	O CNE proclamou na segunda-feira como presidente eleito o candidato chavista sem fazer a recontagem, o que provocou mobilizações populares por parte da oposição
 (Christian Veron/Reuters)

O CNE proclamou na segunda-feira como presidente eleito o candidato chavista sem fazer a recontagem, o que provocou mobilizações populares por parte da oposição (Christian Veron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 19h22.

O líder da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, suspendeu nesta terça-feira a convocação a mobilizações populares contra o resultado das eleições presidenciais, que deram como vencedor o governista Nicolás Maduro, e convidou o governo a dialogar para resolver a crise política sem violência.

"Amanhã não vamos nos mobilizar e eu peço a todos os meus seguidores que se recolham; quem sair está do lado da violência, quem sair está fazendo o jogo do governo, o governo quer que haja mortos aqui no país", disse Capriles, referindo-se aos violentos protestos que deixaram sete mortos na segunda-feira.

"Todos os que estão aqui, estão dispostos a abrir um diálogo para que a crise seja resolvida nas próximas horas", afirmou Capriles, dirigindo-se ao governo.

"Eu ainda não ouvi a estas horas do senhor Maduro uma solução para o problema que o país vive (...), uma proposta para sair desta crise", afirmou o opositor, durante entrevista coletiva para a imprensa venezuelana e estrangeira.

Após as eleições de domingo, que deram ao candidato da situação Nicolás Maduro uma vantagem de 1,7% sobre Capriles, o líder da oposição pediu a recontagem total dos votos, algo que Maduro a princípio aceitou.

No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou na segunda-feira como presidente eleito o candidato chavista sem fazer a recontagem, o que provocou mobilizações populares por parte da oposição que, segundo o governo, terminaram com sete mortos.

Nesta terça, Maduro também anunciou a proibição de uma passeata que deveria ser liderada por Capriles na quarta-feira rumo ao CNE.

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