Mundo

Capriles revisará nomeação de chanceler da Venezuela

O líder oposicionista afirmou que apenas Chávez tem poder para nomear um ministro e disse que verificará se o decreto não foi assinado pelo vice Nicolás Maduro

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 21h23.

Caracas - O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nesta terça-feira que revisará o decreto com a designação do ex-vice-presidente Elías Jaua como novo chanceler do país para determinar se foi assinado pelo presidente, Hugo Chávez, ou seu vice, Nicolás Maduro.

Ao entregar hoje o relatório de gestão do ano 2012, Maduro anunciou à Assembleia Nacional que Chávez, que convalesce em Cuba de uma "complexa" operação à qual se submeteu em dezembro em virtude de um câncer, nomeou Jaua como ministro das Relações Exteriores, cargo desempenhado até hoje pelo vice-presidente.

"É preciso revisar qual é o decreto que estabelece essa nomeação, porque a única forma de um ministro ser designado, de acordo com o que estabelecem nossas leis, é pelo presidente da República", advertiu Capriles, consultado por jornalistas.

O governador do estado de Miranda, que derrotou Jaua nas eleições regionais de dezembro, estimou que se Maduro assinou o decreto o fez em condição de "presidente encarregado".

"Então no país haveria um presidente encarregado e não como o Governo insistentemente diz que não há um presidente encarregado, mas há um vice-presidente e um presidente em exercício", acrescentou.

Chávez delegou parte de suas funções a Maduro antes de viajar a Cuba no último dia 10 de dezembro, um mês antes da data prevista na Constituição para que assumisse o período 2013-2019, ato ao qual o chefe de Estado não pôde comparecer por sua condição de saúde.

A Corte Suprema de Justiça decidiu um dia antes da data estabelecida para a juramentação adiar o ato até quando Chávez possa estar presente e aprovou a continuidade do gabinete de Governo liderado por Maduro. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaHugo ChávezPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão

Em votação apertada, Parlamento Europeu aprova nova Comissão de Ursula von der Leyen

Irã ativa “milhares de centrífugas” em resposta à agência nuclear da ONU