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Capriles e Maduro se enfrentarão em debate sobre corrupção

Maduro desafiou a oposição a debater "uma a uma" as denúncias sobre corrupção feitas recentemente por ambos os lados


	O partido venezuelano Primeiro Justiça, de Henrique Capriles, aceitou neste domingo o desafio de Nicolás Maduro para um debate sobre corrupção
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

O partido venezuelano Primeiro Justiça, de Henrique Capriles, aceitou neste domingo o desafio de Nicolás Maduro para um debate sobre corrupção (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2013 às 17h59.

O partido venezuelano Primeiro Justiça (PJ), do líder da oposição Henrique Capriles, aceitou neste domingo o desafio do presidente Nicolás Maduro para um debate sobre corrupção, em rede nacional de rádio e TV.

"Fomos muito claros com Maduro: onde você quiser, debateremos sobre a imensa corrupção do governo, que contribuiu para este desastre econômico. Ele nos deu a hora e o lugar da rede nacional", afirmou o coordenador nacional do partido, Julio Borges, em um comunicado.

No sábado, Maduro desafiou a oposição a debater "uma a uma" as denúncias sobre corrupção feitas recentemente por ambos os lados.

"Se quiserem, podemos fazer em rede nacional (por todos os meios) para que este país saiba a verdade, e (vocês) acabem com manipulação", disse Maduro, durante uma reunião com sua equipe econômica.

Maduro fez o desafio depois que, na última terça, a bancada oficialista acusou o diretor financeiro do estado de Miranda (norte), Oscar López, de dirigir uma "rede de narcotráfico, lavagem de dinheiro e prostituição", além de ter gasto cerca de US$ 190 mil ilegalmente. Capriles é governador desse estado.

A crise se agravou quando Maduro, que colocou a luta anticorrupção como prioridade de seu governo, acusou Capriles de ser cúmplice da "rede nefasta" de López.

Capriles desafiou o governo a prendê-lo e afirmou que os verdadeiros corruptos estão na administração. Ele ainda não reconheceu sua derrota para Maduro na eleição de abril.

Em uma coluna publicada em seu blog neste domingo, o governador garantiu que "não tem medo" do governo, o qual acusou de estar "desesperado", tendo de "recorrer às estratégias mais baixas, com a única intenção de distrair os venezuelanos de seu fracasso político, econômico e até histórico".

Pelo menos dois deputados da oposição, dois governadores e outros políticos, como o ex-prefeito Leopoldo López, estão sendo investigados por suspeita de malversação de recursos públicos.

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