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Capitão do navio naufragado se sente envergonhado

O capitão do navio sul-coreano que naufragou com 475 passageiros a bordo pediu perdão e disse estar profundamente envergonhado

Lee Joon-Seok (C), capitão do navio sul-coreano Sewol: "sinto muito pelos passageiros e os familiares dos desaparecidos" (Yonhap/Reuters)

Lee Joon-Seok (C), capitão do navio sul-coreano Sewol: "sinto muito pelos passageiros e os familiares dos desaparecidos" (Yonhap/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 09h01.

Seul - O capitão do navio sul-coreano Sewol, que naufragou com 475 passageiros a bordo, das quais 287 estão desaparecidas, pediu perdão nesta quinta-feira e disse estar "profundamente envergonhado", enquanto o serviço de resgate foi suspenso devido às condições do clima.

"Sinto muito pelos passageiros e os familiares dos desaparecidos" e "estou profundamente envergonhado", afirmou Lee Joon-seok, de 69 anos, que apareceu diante das câmaras com o rosto coberto. Em seguida, o capitão foi interrogado no quartel da Guarda Costeira sul-coreana em Jindo, no sudoeste do país.

A embarcação Sewol, que fazia um trajeto entre Incheon, ao oeste de Seul, e a ilha de Jeju, afundou na manhã de ontem em frente à costa sudoeste do país duas horas após escutar-se um forte estrondo no navio, segundo relatos de sobreviventes.

Funcionários da Guarda Costeira afirmaram hoje que o capitão pode ter alterado a rota marcada pelo governo e além disso teria realizado uma mudança de direção brusca, ao invés de girar de forma gradual na zona do incidente.

Segundo especialistas, o giro pode ter descolado parte da carga do navio para um lado e derrubado a embarcação. Também existe a hipótese de uma colisão com uma rocha ter provocado o acidente.

O trabalho de resgate, que conta com a participação de mais de 500 mergulhadores, que tentam entrar no navio, foi suspensa hoje devido à pouca visibilidade na água e às fortes correntes do mar.

Sob estas condições e passadas 30 horas desde o naufrágio, mais a baixa temperatura da água, fazem com que a possibilidade de se encontrar alguma das 287 pessoas com vida sejam pequenas.

A maioria dos passageiros eram estudantes de um instituto em Ansan, na periferia de Seul, que se sirigiam para a ilha de Jeju em uma viagem escolar.

O número de resgatados até aqui é de 179 e o de mortos confirmados nove.

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