Operação de resgate após naufrágio na Coreia do Sul (REUTERS/Yonhap)
Da Redação
Publicado em 21 de abril de 2014 às 17h37.
Jindo, Coreia do Sul - A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, disse nesta segunda-feira que o capitão e alguns membros da tripulação do navio que naufragou na quarta-feira passada na costa do país com cerca de 400 pessoas a bordo tiveram um "comportamento imperdoável, assassino".
"O que o capitão e parte da tripulação fez é incompreensível do ponto de vista do senso comum, um comportamento imperdoável, assassino", disse Park ao site da presidência do país.
Inicialmente, o capitão Lee Joon-Seok disse aos passageiros que eles deveriam permanecer em seus quartos e esperou mais de meia hora para emitir um alerta de retirada.
Lee afirmou que esperou para emitir uma ordem de retirada do navio porque a correnteza marítima estava muito forte. Especialistas, porém, disseram que ele poderia ter ordenado que os passageiros poderiam ter ficado no convés. Um vídeo mostrou que Lee foi uma das primeiras pessoas resgatadas.
O promotor Ahn Sang-don, um dos membros do ministério público que investiga o naufrágio, informou também que mais quatro tripulantes foram detidos sob a alegação de não protegerem os passageiros. Os dois primeiros imediatos, o segundo imediato e o engenheiro-chefe são acusados de terem abandonado a embarcação.
O promotor informou que está considerando a possibilidade de pedir a um tribunal para expedir um mandado de prisão formal, que permitiria uma detenção pelo período da investigação.
O capital do ferry e outros dois tripulantes também estão presos. Sessenta e quatro corpos foram resgatados e 240 pessoas ainda estão desaparecidas. Fonte: Associated Press.