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Capital da Somália registra bombardeios às vésperas de eleição

Os ataques ocorreram em pouco mais de meia hora, e um deles aconteceu nas imediações do palácio presidencial, mas ainda não se sabe de vítimas

Somália: todas as suspeitas apontam para o grupo jihadista Al Shabab, que já ameaçou aumentar suas ofensivas durante a eleição (Feisal Omar/Reuters)

Somália: todas as suspeitas apontam para o grupo jihadista Al Shabab, que já ameaçou aumentar suas ofensivas durante a eleição (Feisal Omar/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 16h59.

Mogadíscio - Vários ataques com bombas foram registrados na tarde desta terça-feira em Mogadíscio, capital da Somália, onde foi decretado um toque de recolher parcial às vésperas da eleição para presidente do governo por voto indireto.

Segundo pôde presenciar a Agência Efe, os diferentes ataques ocorreram em pouco mais de meia hora, e um deles aconteceu nas imediações do palácio presidencial, mas ainda não se sabe se estas explosões causaram vítimas.

Embora ninguém tenha reivindicado os ataques, todas as suspeitas apontam para o grupo jihadista Al Shabab, que já ameaçou aumentar suas ofensivas durante a eleição.

Durante toda a jornada, os moradores permaneceram em suas casas e as lojas fechadas após o toque de recolher decretado pelas autoridades perante a situação de insegurança que assola o país.

Por motivos de segurança, está previsto que a designação do próximo presidente aconteça amanhã no complexo aeroportuário que abriga instalações das Nações Unidas, embaixadas e outros organismos internacionais, ao redor do qual já se posicionaram tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM).

Na Somália o presidente é eleito em debate parlamentar, e os 275 deputados que têm que indicá-lo foram escolhidos por 14.025 delegados designados em função de uma complexa distribuição de poder entre os diferentes clãs.

Apesar da evidente falta de representatividade, os pleitos parlamentares e a eleição do presidente representam um grande avanço em relação aos realizados em 2012, nas quais só 135 líderes tribais se encarregaram de formar um parlamento de consenso que deu os primeiros passos da transição democrática.

A votação para presidente do país foi fixada inicialmente para agosto de 2016, mas adiada em cinco ocasiões devido a corrupção, disputas pelo poder e problemas de segurança.

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