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Candidatura olímpica de Tóquio descarta risco de terremoto

Segundo chefe da candidatura japonesa, preocupação não afeta as chances da cidade ser escolhida como sede da Olimpíada de 2020


	Vista de Tóquio: cidade entrou com cautela na disputa depois de perder para o Rio de Janeiro na disputa para sediar os Jogos de 2016
 (Wikimedia Commons)

Vista de Tóquio: cidade entrou com cautela na disputa depois de perder para o Rio de Janeiro na disputa para sediar os Jogos de 2016 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 10h32.

Tóquio - A preocupação com terremotos não afeta as chances de Tóquio ser escolhida como sede da Olimpíada de 2020, disse o chefe da candidatura japonesa nesta terça-feira.

A cidade entrou com cautela na disputa depois de perder para o Rio de Janeiro na disputa para sediar os Jogos de 2016, e num momento em que o Japão ainda se recupera do tsunami que provocou uma crise nuclear em 2011.

"Não dá para prever com nenhuma certeza onde e quando os terremotos irão acontecer", disse Tsunekazu Takeda a jornalistas. "Eles podem potencialmente acontecer em qualquer país. A reação ao terremoto é a coisa mais importante, e estar pronto como nação caso isso ocorra." Tóquio foi a primeira cidade da Ásia a receber uma Olimpíada, em 1964, e a casa de apostas britânica William Hill coloca a cidade como favorita, pagando 4/6, o que indica uma chance maior do que as concorrentes Istambul (5/2) e Madri (3/1).

Apesar do poderio econômico de Tóquio e da sua forte infraestrutura, Takeda foi questionado sobre os riscos implicados em um terremoto. "No Japão, os procedimentos relativos a desastres e as diretrizes arquitetônicas são muito rígidos", disse.

"No desastre de 2011, não tivemos vítimas em Tóquio. Os prédios realmente não sofreram nenhum dano. Salientamos ao COI (Comitê Olímpico Internacional) que os prédios de Tóquio podem resistir a terremotos." Ele acrescentou que as autoridades locais estão dispostas a melhorar a resistência das instalações esportivas, e teriam sete anos para isso.

As três cidades candidatas --Madri em sua terceira candidatura consecutiva, e Istambul na quinta-- apresentaram na terça-feira seus dossiês ao COI em Lausanne, na Suíça.

O projeto japonês ocupa principalmente a orla marítima da cidade. "Tóquio é a cidade com mentalidade mais avançada do mundo", disse Takeda, que é presidente do Comitê Olímpico Japonês.

"Ela dita tendências globais em tudo, da tecnologia à moda. Muitas das nossas instalações já estão prontas. A maior parte da infraestrutura dos Jogos está pronta. O orçamento de 4,5 bilhões de dólares já está no banco, para uma edição dos Jogos na capital do futuro." O item mais chamativo na luxuosa brochura de 200 páginas da candidatura japonesa é a reforma futurista do Estádio Nacional, principal arena da Olimpíada de 1964, que simbolizou a recuperação do Japão depois da sua derrota na Segunda Guerra Mundial.

O estádio de 80 mil lugares, que parece um disco voador, passaria a ter um teto retrátil -algo inédito em Olimpíada- e assentos móveis.

"Vamos usar o estádio de 1964 e melhorá-lo para 2020", disse Takeda. "Ele ficará por aí por mais 50 anos, o que será cerca de cem anos (desde os Jogos de 1964). Esse legado é um ponto importante." A escolha da sede olímpica de 2020 será feita pelo COI em 7 de setembro, em Buenos Aires.

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