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Candidatos da Colômbia buscam alianças para 2º turno

Presidente Juan Manuel Santos e seu adversário Oscar Iván Zuluaga já se movimentaram em busca do apoio de candidatos eliminados

Candidato da oposição, Oscar Ivan Zuluaga comemora com sua mãe, Carina Escobar, sua ida para o segundo turno da eleição presidencial da Colômbia, em Bogotá (Fredy Builes/Reuters)

Candidato da oposição, Oscar Ivan Zuluaga comemora com sua mãe, Carina Escobar, sua ida para o segundo turno da eleição presidencial da Colômbia, em Bogotá (Fredy Builes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 17h58.

Bogotá - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e seu adversário na eleição presidencial, Oscar Iván Zuluaga, já se movimentaram nesta segunda-feira em busca do apoio de candidatos eliminados na primeira etapa da eleição, na intenção de largar na frente para o segundo turno no mês que vem.

Zuluaga, ex-ministro de Finanças de centro-direita, conquistou a maioria dos votos no primeiro turno do domingo, após uma campanha para reverter as conversas de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele enfrenta Santos novamente no dia 15 de junho.

Ambos começaram de imediato a buscar alianças e cortejar aliados dos três candidatos eliminados no domingo. Todos os três ainda consultam seus partidos para decidir quem irão apoiar. Zuluaga conversou com a terceira colocada Marta Lucia Ramírez, que também é cética quanto às negociações com a guerrilha e poderia apoiar o candidato.

“Tenho grande esperança de que ela se una a mim e forme uma equipe que nos permitirá chegar à presidência”, disse Zuluaga sobre Marta, que obteve 15,5 por cento dos votos.

Clara López e Enrique Peñalosa, outros candidatos eliminados no domingo, apoiam tratativas com as Farc e por isso podem estar mais inclinados a apoiar o atual mandatário.

Ao buscar seu apoio, Santos disse que os três candidatos derrotados fizeram “propostas importantes” que podem ser transformadas em realidade nos próximos quatro anos.

Zuluaga obteve 29,3 por cento dos votos no primeiro turno, 3,6 pontos percentuais acima de Santos.

Ele fez uma campanha agressiva contra as conversas de paz de Santos, mas, em um aparente esforço para conquistar os moderados, ofereceu nesta segunda-feira estabelecer um limite às sentenças de prisão de líderes rebeldes das Farc.

“Os líderes das Farc que cometeram crimes atrozes, contra a humanidade e que deveriam passar 50 anos na cadeia, estou disposto a reduzir suas penas para seis anos”, declarou o economista de 55 anos à mídia colombiana.

As Farc têm se recusado a aceitar os termos de prisão ou o cessar-fogo unilateral que Zuluaga exige.

As negociações em Cuba para por fim à guerra civil de 50 anos na Colômbia parecem estar no limbo até que a eleição seja decidida.

O presidente Santos, centro-direitista de 62 anos e aliado dos Estados Unidos, apostou seu mandato nas conversas de paz, sob o argumento de que oferecem a melhor esperança para encerrar uma guerra que já matou 200 mil pessoas e prejudicou a quarta maior economia da América Latina durante décadas.

Zuluaga cresceu no final da campanha, apoiado pelo popular ex-presidente Álvaro Uribe, que tornou-se contrário a Santos por sua decisão de negociar com as Farc.

Zuluaga acusa o atual presidente de ceder demais nas negociações secretas, e quer um retorno à estratégia militar linha-dura que Uribe abraçou em seus oito anos no poder.

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