Universidade de Stanford: universidade aceitou apenas 5,1% dos candidatos, o que a torna mais seletiva que Harvard (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 17h42.
Nova York - Viraj Mehta, de 17 anos, formado no Ensino Médio em Austin, Texas, recebeu cartas de aceitação das universidades de Harvard e Stanford. Como uma porção de outros estudantes, ele está se inclinando para o oeste.
A Universidade de Stanford, com sede perto de Palo Alto, Califórnia, recebeu quase 8.000 candidaturas a mais que sua rival da Costa Leste para o próximo ano acadêmico. Aceitou apenas 5,1 por cento dos candidatos, o que a torna mais seletiva que Harvard, com sede em Cambridge, Massachusetts.
“A mudança de Wall Street para o Vale do Silício e das finanças para a tecnologia favorece Stanford”, disse Mehta, que tem até 1º de maio para decidir. Embora ele esteja planejando visitar as duas universidades neste mês, sua favorita é Stanford. Contudo, disse ele, “Harvard tem um lugar especial nos EUA. Tem muita história”.
Stanford está ofuscando a Ivy League porque sua reputação para a inovação e a proximidade com o Vale do Silício seduz os estudantes, alguns atraídos pelo fascínio por empregos em tecnologia, capital de risco e campos relacionados. Os investimentos por meio de endowment (doações) para Stanford superaram os de Harvard no ano-fiscal passado e proporcionam mais dinheiro, anualmente, há quase uma década.
A universidade ajudou a gerar quase 5.000 empresas de alta tecnologia e em outros campos e as empresas iniciadas por professores e ex-alunos continuam a ascensão do Vale do Silício: da Hewlett-Packard Co. à Yahoo! Inc. e da Google Inc. à LinkedIn Corp. O magnata das mídias sociais Mark Zuckerberg criou a Facebook Inc. em seu dormitório em Harvard, embora a empresa agora esteja localizada nas adjacências de Stanford, em Menlo Park, Califórnia.
Apelo para startups
A possibilidade de trabalhar com o Google Glass ou em uma startup atrai os jovens, especialmente quando comparada com o setor de investment banking, disse Alisha Seam, 23, que escolheu Stanford em vez de Harvard ou o Massachusetts Institute of Technology para seu curso de graduação. Após trabalhar em uma startup de robôs cirúrgicos, ela está de volta a Stanford para um mestrado em engenharia elétrica. Stanford incentiva os alunos a serem inovadores, disse ela.
“Se você tem uma ideia, você pode fazê-la acontecer”, disse Seam, referindo-se à sua própria experiência como uma estudante que dá aulas a alunos de Medicina em uma matéria chamada Introdução às Inovações Biofarmacêuticas.
As candidaturas para Harvard, a universidade mais antiga e rica dos EUA, caíram 2,1 por cento em relação ao ano passado, contra um aumento de 8,6 por cento em Stanford. Mesmo assim, Harvard aceitou apenas 5,9 por cento dos candidatos para a próxima turma de calouros e continua sendo uma das universidades mais seletivas.
‘Universidade dos sonhos’
A Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut, aceitou 6,3 por cento dos candidatos, uma baixa recorde, para a próxima classe de calouros, enquanto a Universidade de Princeton, em Nova Jersey, aceitou 7,28 por cento, também uma baixa recorde. Ambas universidades fazem parte da Ivy League, um grupo de oito universidades de elite do nordeste dos EUA.
“Harvard sempre foi uma universidade dos sonhos”, disse Juan Castaño, 19, cuja família se mudou da Colômbia para Miami quando ele tinha sete anos de idade. Ele está atualmente terminando seu primeiro ano lá.
Castaño também foi aceito em Stanford, embora seu interesse em assuntos de governo e política tenha tornado sua escolha simples, disse ele. Ele assistiu discursos na universidade do presidente da Colômbia e do prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, e fez parte do comitê que levou o presidente do Equador ao campus ontem.
“Como alguém que está pensando em se concentrar em governo e em ter essa experiência real de vida, ver esses indivíduos que são fundamentais para a política e o setor governamental foi extremamente, extremamente útil”, disse Castaño. “Eu adoro estar aqui”.