Mundo

Candidato presidencial Fillon sofre investigação formal na França

Candidato conservador, de 63 anos, foi colocado sob investigação formal sob suspeita de desviar recursos públicos e receber recursos sem declarar

François Fillon: campanha do político tem sido marcada por denúncias de pagamentos irregulares (Christian Hartmann/Reuters)

François Fillon: campanha do político tem sido marcada por denúncias de pagamentos irregulares (Christian Hartmann/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de março de 2017 às 14h46.

Paris - O candidato presidencial francês François Fillon foi colocado sob investigação formal da Justiça nesta terça-feira por suspeita de desvio de recursos públicos, uma medida que pode arruinar as esperanças dos conservadores de conquistar o poder nas eleições de maio.

A campanha de Fillon tem sido marcada por denúncias de pagamentos irregulares de centenas de milhares de euros com dinheiro público a sua mulher, Penelope, e dois filhos, mas o candidato se recusou a abrir mão de concorrer.

O ex-primeiro-ministro tinha um encontro previsto com investigadores na quarta-feira, mas, de forma inesperada, o encontro foi antecipado em 24 horas --aparentemente para Fillon escapar da maior atenção da mídia.

O candidato conservador, de 63 anos, foi colocado sob investigação formal sob suspeita de desviar recursos públicos e receber recursos sem declarar, entre outras denúncias, de acordo com uma fonte do Judiciário.

Advogados de Fillon não estavam disponíveis de imediato para comentar, e não houve qualquer comentário por ora do próprio candidato.

Anteriormente considerado franco favorito para chegar à Presidência, Fillon viu seu nome despencar nas pesquisas de intenção de voto sob os impactos do escândalo, conhecido como "Penelope-gate".

A maioria das pesquisas o coloca em terceiro lugar no primeiro turno, em 23 de abril, portanto fora da votação decisiva de 7 de maio. Segundo os levantamentos, o segundo turno seria disputado pelo centrista Emmanuel Macron, um candidato independente, contra a líder de extrema-direita Marine Le Pen, com vitória de Macron.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEleiçõesFrançaPolítica

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país