Mundo

Candidato mexicano ao FMI defende controle de capitais

Presidente do BC mexicano esteve reunido com o presidente Banco Central Brasileiro, Alexandre Tombini, em São Paulo

Carstens: "Compartilho da posição brasileira a respeito daquilo que o Brasil gostaria de ver no âmbito financeiro internacional em 100% em alguns pontos" (Win McNamee/Getty Images)

Carstens: "Compartilho da posição brasileira a respeito daquilo que o Brasil gostaria de ver no âmbito financeiro internacional em 100% em alguns pontos" (Win McNamee/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2011 às 14h32.

São Paulo - O presidente do Banco Central do México e candidato ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Agustín Carstens, defendeu hoje que os países que julgarem estar recebendo um fluxo excessivo de capitais podem adotar medidas para controlar o movimento de dólares e o acúmulo de reservas.

Carstens se reuniu pela manhã com o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, na sede da instituição em São Paulo. O mexicano disse ainda ser favorável à posição brasileira de que a América Latina merece ter uma representação maior dentro do FMI. "Compartilho da posição brasileira a respeito daquilo que o Brasil gostaria de ver no âmbito financeiro internacional em 100% em alguns pontos, como no caso da flexibilidade de os países usarem instrumentos como o controle de capitais e a política de acúmulo de reserva para evitar a entrada excessiva de capitais", afirmou. "Concordo também que a América Latina e países tão importantes como o Brasil merecem maior representação dentro do FMI."

Em nota, Tombini disse ter exposto as perspectivas do BC brasileiro sobre a conjuntura econômica global e a necessidade de continuidade das reformas já iniciadas no FMI. O presidente do BC afirmou que avalia positivamente o atual processo de eleição do novo diretor-gerente do FMI e disse que o encontro foi oportuno para a discussão do progresso das atividades conjuntas do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), incluindo questões relacionadas ao fluxo de capital e à liquidez internacional.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniAmérica LatinaEconomistasFMIMéxicoPaíses emergentesPersonalidadesPolítica

Mais de Mundo

Inflação na Argentina sobe 2,7% em outubro; a menor desde 2021

Israel ordena a evacuação de 14 cidades no sul do Líbano antes de atacá-las

Trump ganhou 1 milhão de votos entre 2020 e 2024; democratas perderam 9,4 milhões

Vendas de robôs aspiradores disparam com subsídio e promoção Double 11