Trump: durante a campanha eleitoral, o candidato republicano criticou a chegada aos EUA de um grande número de somalis (Getty Images)
EFE
Publicado em 22 de novembro de 2016 às 09h08.
Mogadíscio - Uma canção contra Donald Trump se tornou um grande sucesso na Somália, já que milhares de cidadãos se sentiram identificados com sua letra que encoraja a não sentir medo perante as acusações feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos contra a comunidade somali.
A cantora da diáspora somali Deeqa Adan Muse, conhecida artisticamente como Deeqa Afro, chama, em ritmo de pop africano, a comunidade de imigrantes que vive nos Estados Unidos a não se render perante Trump, que relacionou em várias ocasiões o terrorismo com a imigração.
Durante a campanha eleitoral, o candidato republicano criticou a chegada aos EUA de um grande número de somalis e encorajou os americanos a se rebelar contra eles porque "alguns se unem ao Estado Islâmico e divulgam seu extremismo por todo o país e o mundo".
Com esta canção, Deeqa Afro pretende responder a estas acusações e lembrar aos somalis que "o abuso dos direitos não é possível na América, a Constituição não está reservada para Donald Trump".
A cantora também explica as razões pelas quais a diáspora somali vive refugiada nos EUA. "Quando meu país de origem foi destruído pela guerra civil, a América me acolheu e me deu um lar permanente. Sou cidadã", reivindica.
Definitivamente, a canção lança uma mensagem com a qual milhares de somalis se identificaram. "Donald Trump não maltrate meu povo e não diga palavras que lastimam seus corações".
Com quase 72 mil reproduções no YouTube em pouco mais de uma semana, a canção se transformou em um ícone para a reivindicação entre os somalis e as dezenas de milhares de pessoas que formam a diáspora somali refugiada nos Estados Unidos.