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Canadá diz que Kyoto pertence ao passado

O ministro de Meio Ambiente, Peter Kent, confirmou que seu país não pretende assumir um período de compromissos neste tratado internacional

Kent: o Canadá "apoia um novo acordo internacional contra as mudanças climáticas que inclua compromissos dos maiores emissores" (AFP)

Kent: o Canadá "apoia um novo acordo internacional contra as mudanças climáticas que inclua compromissos dos maiores emissores" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 09h54.

Durban - O ministro de Meio Ambiente do Canadá, Peter Kent, anunciou nesta quarta-feira que, para o seu país, o protocolo de Kyoto "pertence ao passado", ao discursar durante a conferência da ONU contra as mudanças climáticas em Durban (África do Sul).

"Para o Canadá, Kyoto pertence ao passado", disse o ministro, após confirmar que seu país não pretende assumir um período de compromissos neste tratado internacional que obriga as nações ricas a cortar suas emissões nocivas ao clima, e cuja vigência termina em 2012.

"Dissemos outras vezes que não assinaremos um segundo período sob o protocolo de Kyoto. Não obstruiremos nem desanimaremos os que o fizerem, mas Kyoto, para o Canadá, pertence ao passado", afirmou o ministro.

O Canadá "apoia um novo acordo internacional contra as mudanças climáticas que inclua compromissos dos maiores emissores. Esta é a única maneira que temos para alcançar reduções reais - de emissões de gases nocivos ao clima - e resultados", disse o ministro.

O protocolo de Kyoto, que continua sendo o único instrumento legal que obriga 36 países ricos a cortar suas emissões, está no centro das discussões da conferência do clima. O instrumento criado em 1997 e que entrou em vigor em 2005 verá sua vigência terminar em 2012 se não for renovado.

Japão, Canadá e Rússia expressaram reticências quanto a sua renovação, por considerar que este não inclui nem obriga os maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta: a China, porque como país em desenvolvimento não estava obrigada a ser incluída, e os Estados Unidos, que nunca o ratificaram.

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