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Canadá anuncia ajuda de US$53 milhões para a Venezuela

A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, na abertura da reunião do Grupo de Lima

Grupo de Lima: a reunião deve apontar as próximas medidas sobre a Venezuela (Chris Wattie/Reuters)

Grupo de Lima: a reunião deve apontar as próximas medidas sobre a Venezuela (Chris Wattie/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 13h35.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 15h58.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira uma ajuda de 53 milhões de dólares ao povo venezuelano, na abertura de uma reunião em Ottawa dos países do Grupo Lima.

"Hoje, o Canadá anuncia (uma ajuda) de US$ 53 milhões para atender às necessidades mais urgentes dos venezuelanos, principalmente os quase três milhões de refugiados", declarou Trudeau.

O discurso foi feito na abertura dos debates, que reúne os dez ou mais países latino-americanos do Grupo Lima aos quais os Estados Unidos e a União Europeia também estão associados.

A reunião de emergência do Grupo de Lima começou hoje com o objetivo de aumentar a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro para que deixe o poder e consolide o apoio a Juan Guaidó, que em 23 de janeiro se proclamou presidente encarregado do país.

Na abertura da reunião, o primeiro-ministro do Canadá disse que "este é um momento crucial para o povo da Venezuela" e que "agora é o momento para a transição democrática" no país.

Durante a abertura da reunião, também foi projetada uma mensagem em vídeo de Guaidó, na qual afirmou que a Venezuela "está perto de conseguir a volta da liberdade" e que é necessário que a comunidade internacional mantenha a pressão sobre o regime de Maduro.

Trudeau disse que Guaidó "mostrou grande coragem e convicção para seguir o caminho legal à democracia, como está estabelecido na Constituição venezuelana" e "deu esperança a inumeráveis pessoas no mundo todo".

O primeiro-ministro canadense acrescentou que "a Venezuela agora tem um presidente interino legítimo e um claro caminho constitucional para eleições livres e democráticas" e que a reunião do Grupo de Lima "dará uma oportunidade para discutir quais passos podem ser tomados para apoiar o processo democrático".

Também discursou o ministro das Relações Exteriores do Peru, Néstor Popolizio, que afirmou que o reconhecimento de Guaidó como presidente legítimo da Venezuela é "o começo do fim da ditadura".

A reunião de emergência do Grupo de Lima deve tratar nesta segunda-feira da atual situação política na Venezuela, medidas para ajudar economicamente o país assim como a crise humanitária e de refugiados.

Estão presentes na reunião os ministros das Relações Exteriores dos 14 países fundadores do Grupo de Lima exceto o México, que após a chegada à Presidência do país de Andrés Manuel López Obrador se distanciou do grupo na postura para a Venezuela.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, deve discursar via teleconferência desde Washington.

Também estão presentes representantes da União Europeia (UE), França, Alemanha, Holanda, Portugal, Espanha e Reino Unido, assim como Julio Borges, presidente do partido Primeiro Justiça da Venezuela e representante de Guaidó no Grupo de Lima.

Borges declarou à Agência Efe que espera que "todo o Grupo de Lima se some ao processo de ajuda humanitária e que se some com muita força em tudo o que tem a ver com o apoio a um processo eleitoral livre".

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