Mundo

Campanha presidencial nos EUA está na mira de ciberataques

A afirmação é do coordenador dos serviços secretos norte-americanos, James Clapper, que admitiu a intensificação deste tipo de ações com o progredir da campanha


	Eleições: Clapper disse que este tipo de ameaça "provavelmente" vai ocorrer com mais frequência à medida em que a campanha progrida
 (Chris Keane / Reuters)

Eleições: Clapper disse que este tipo de ameaça "provavelmente" vai ocorrer com mais frequência à medida em que a campanha progrida (Chris Keane / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 16h58.

As campanhas dos possíveis candidatos às eleições presidenciais nos Estados Unidos são atualmente alvo de ciberataques.

A afirmação é do coordenador dos serviços secretos norte-americanos, James Clapper, que admitiu, durante uma conferência sobre cibersegurança em Washington, a intensificação deste tipo de ações com o progredir da campanha.

Sem dar detalhe sobre a origem dos ataques ataques, Clapper disse que este tipo de ameaça "provavelmente" vai ocorrer com mais frequência à medida em que a campanha progrida e fique mais intensa.

Segundo o coordenador, o Departamento de Segurança Interna e a polícia federal norte-americana (FBI) fazem o que podem para informar aos dois grandes partidos em campanha – Republicano e Democrata – “sobre as possíveis ameaças cibernéticas”.

James Clapper disse que, durante a campanha para as eleições que ocorrem no dia 8 de novembro, os dois principais candidatos – Donald Trump, o único nome e o mais provável candidato do partido republicano; e Hillary Clinton, atualmente a candidata mais votada para a nomeação democrata; – receberão as mesmas informações.

“Vamos informar [os candidatos] sobre a nossa análise de ameaças no mundo e vamos fazer isso de forma igual”, disse James Clapper.

Tradicionalmente, os serviços de informações norte-americanos começam a informar os candidatos à presidência sobre ameaças que pesam sobre os Estados Unidos a partir do momento em que estes são oficialmente designados pelos respectivos partidos.

Alguns analistas têm manifestado preocupação sobre a transmissão de informações mais sensíveis a Trump, que sugeriu, entre outras medidas, fechar as fronteiras norte-americanas a todos os muçulmanos.

O provável candidato presidencial republicano, o multibilionário Donald Trump, é conhecido por fazer declarações polêmicas e imprudentes.

Para outros, estes briefings podem ser uma oportunidade para o multibilionário ver o impacto de algumas das suas declarações na opinião internacional.

James Clapper esclareceu que estas apresentações “não são feitas para influenciar a visão do mundo” dos candidatos, frisando ainda que os candidatos não têm acesso à mesma informação detalhada que é transmitida ao Presidente do país.

Isso só irá acontecer após a eleição, no período entre o escrutínio e a tomada de posse efetiva, segundo Clapper, que coordena as 17 agências norte-americanas de serviços de informações.

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEstados Unidos (EUA)HackersPaíses ricosseguranca-digital

Mais de Mundo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente