Cristina Kirchner tem saúde mental posta em cheque (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h49.
Buenos Aires - A campanha para as eleições presidenciais de 23 de outubro na Argentina começou neste domingo oficialmente, com uma oposição desmotivada diante do claro favoritismo da governante Cristina Fernández de Kirchner para obter a reeleição.
De acordo com a lei eleitoral argentina, os candidatos podem a partir de agora e até dois dias antes da votação realizar atos de campanha, mas as propagandas na televisão só começam no dia 28.
No entanto, a campanha se inicia neste domingo sem grandes atos, com apenas alguns cartazes nas ruas e sem indícios de que corrida eleitoral esquentará de imediato.
Caso não haja nenhuma jogada política surpreendente, esta campanha terá um final previsto: um triunfo no primeiro turno de Cristina, que permanecerá por outros quatro anos na Casa Rosada a partir de 10 de dezembro.
A clara preferência pela governante foi confirmada já nas primárias realizadas em 14 de agosto, quando Cristina obteve 50,24% dos votos, com 38 pontos de vantagem sobre os opositores.
Com este panorama, vários dos seis candidatos opositores já reconheceram publicamente o quão difícil será tirar a reeleição da presidente.
"Um resultado tão contundente como o das primárias desestimula os candidatos quanto à energia que devem colocar na campanha", disse à Agência Efe Hernán Charosky, diretor-executivo da ONG Poder Ciudadano.
Para o analista é uma "incógnita" o modo como os candidatos irão usar as 50 mil horas de publicidade em rádio e televisão atribuídas para esta campanha, "se repetirão a propaganda vazia das primárias ou se vão instalar um debate de temas críticos" para o país.