Emmanuel Macron: pesquisa de opinião mostrou que Macron foi o mais convincente do debate de três horas da noite de segunda-feira (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 21 de março de 2017 às 11h23.
Paris - Uma ministra francesa declarou apoio à campanha presidencial de Emmanuel Macron nesta terça-feira, a primeira integrante do governo a fazê-lo, poucas horas depois de o candidato independente de centro consolidar seu favoritismo no primeiro de uma série de debates na televisão.
O endosso da ministra da Biodiversidade, a também parlamentar Barbara Pompili, deve abrir caminho para mais deserções no gabinete do presidente socialista francês, François Hollande, no qual o centrista Macron serviu como ministro da Economia até o ano passado.
Vários ministros rejeitam o candidato oficial do Partido Socialista, Benoit Hamon, que está se saindo mal nas pesquisas.
"Decidi, depois de considerar seriamente, apoiar a iniciativa, o programa e a candidatura de Emmanuel Macron", disse Pompili à rádio France Info, aprovando o desejo de Macron de promover um papel positivo para a França na Europa e manter a líder de extrema-direita Marine Le Pen longe do poder.
Uma pesquisa de opinião mostrou que Macron, um ex-banqueiro de investimento e outrora conselheiro de Hollande que jamais concorreu a um cargo público, foi o mais convincente do debate de três horas da noite de segunda-feira, assistido por quase 10 milhões de pessoas -- mais de um quinto do eleitorado francês.
Durante o embate entre os cinco candidatos mais bem colocados ele se chocou com sua rival principal, Le Pen, da Frente Nacional, a respeito da imigração e da Europa, aparecendo bem à frente dela e de seu outro grande adversário, François Fillon, conservador cuja campanha vem sendo prejudicada por um escândalo financeiro, no levantamento.
"Havia quem duvidasse que Macron teria um bom desempenho por causa de sua relativa inexperiência, mas a pesquisa pós-debate o mostra na liderança", disse Rene Albrecht, analista do DZ Bank.
Há semanas as sondagens mostram Le Pen e Macron se destacando em uma eleição repleta de reviravoltas e que ocorre tendo como pano de fundo o alto desemprego e o crescimento lento.