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Caminhoneiros de Portugal ameaçam fazer nova greve, diz sindicato

Durante a paralisação dos dias 15 a 18 de abril, cerca de 2 mil postos de combustível ficaram desabastecidos

Portugal: os motoristas de caminhões-tanque querem melhores salários e condições de trabalho (Rafael Marchante/Reuters)

Portugal: os motoristas de caminhões-tanque querem melhores salários e condições de trabalho (Rafael Marchante/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de abril de 2019 às 16h53.

Lisboa — Motoristas de caminhões-tanque em Portugal ameaçaram entrar em uma nova greve daqui a uma semana se um acordo não for alcançado sobre suas demandas por melhores salários e condições de trabalho, informou o sindicato da categoria nesta segunda-feira.

Uma paralisação anterior, entre 15 e 18 de abril, levou o governo a declarar uma crise energética, com a redução das reservas de combustível nos aeroportos a níveis emergenciais, cancelamentos de voos e filas de horas em postos de abastecimento.

A interrupção dos trabalhos, que se transformou no pior episódio do tipo nos últimos anos em Portugal, terminou depois que o governo, as associações patronais e o sindicato dos caminhoneiros concordaram em retomar as negociações.

Com o governo agindo como mediador, as partes voltaram à mesa de negociação nesta segunda, mas o assessor jurídico do sindicato Pedro Henriques disse que não foi se chegou a um acordo.

"Não estamos a pedir nada a mais do que já vínhamos pedindo", disse Henrique a jornalistas após a reunião. "Lamento que este prazo tenha passado e que uma resolução não tenha sido alcançada."

Ele disse que o sindicato dará mais uma semana à entidade patronal para que atendam às demandas dos motoristas, antes de tomar uma decisão sobre os próximos passos, mas acrescentou que uma nova greve é "muito provável".

Durante a paralisação de abril, cerca de 2 mil postos de combustível ficaram desabastecidos, ao menos uma fábrica interrompeu a produção e algumas rotas de ônibus em torno de Lisboa foram suspensas.

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