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Caminhoneiros da Argentina bloqueiam ruas contra reformas

O protesto paralisou diversas áreas e incluiu bloqueios nas ruas em alguns dos bairros mais movimentados do centro de Buenos Aires

Argentina: o movimento é visto como um teste para o primeiro mandato do presidente de continuar com as propostas de reformas (Agustin Marcarian/Reuters)

Argentina: o movimento é visto como um teste para o primeiro mandato do presidente de continuar com as propostas de reformas (Agustin Marcarian/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 12h56.

Buenos Aires - Amplas áreas de Buenos Aires foram paralisadas nesta quarta-feira por um protesto de caminhoneiros, que incluiu bloqueios nas ruas em alguns dos bairros mais movimentados do centro da cidade, contra as políticas do presidente argentino, Mauricio Macri.

O movimento é visto como um teste para o primeiro mandato do presidente de continuar com as propostas de reformas, após um clamor popular sobre a reforma da previdência no final do ano passado e um corte nos subsídios que causou aumentos no gás para aquecimento doméstico e nas tarifas de transporte coletivo.

"Estamos prontos para enfrentar o ajuste brutal que Macri está impondo aos trabalhadores e aos aposentados. Esta é uma situação muito crítica, é hora de união", disse Pablo Micheli, um líder do sindicato trabalhista do CTA, que apoia os caminhoneiros manifestantes.

"Se não houver respostas governamentais, provavelmente pediremos uma greve nacional em março", disse Micheli à Reuters.

Uma greve dos transporte poderia diminuir o fluxo de commodities agrícolas da Argentina, um dos principais exportadores mundiais de soja e milho.

Macri prometeu grandes mudanças nas leis trabalhistas do país, amplamente consideradas como as mais caras para as empresas na América Latina, depois que sua coalizão pró-negócios teve bom desempenho inesperado durante as eleições de outubro.

Mas o presidente, eleito no final de 2015, não tem uma maioria do Congresso e reduziu as reformas enquanto se prepara para se reeleger no próximo ano. Macri agora busca uma abordagem fragmentada da reforma trabalhista, um dos principais fatores que limita o investimento na terceira maior economia da América Latina.

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