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Caminhões com ajuda humanitária são saqueados na Faixa de Gaza, diz PMA

A entrada da ajuda humanitária no território palestino, devastado pela guerra e marcado pela fome, foi retomada nesta sexta-feira após o bloqueio israelense iniciado em 2 de março

Faixa de Gaza: ajuda humanitária é bloqueada e caminhão com suprimentos saqueado em meio à crise humanitária (AFP)

Faixa de Gaza: ajuda humanitária é bloqueada e caminhão com suprimentos saqueado em meio à crise humanitária (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2025 às 15h45.

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O Programa Mundial de Alimentos (PMA) informou nesta sexta-feira (23) que um dos quinze caminhões carregados com suprimentos foi saqueado no sul da Faixa de Gaza, onde a entrada da ajuda humanitária ocorre lentamente após mais de dois meses de bloqueio imposto por Israel.

"A fome, o desespero e a angústia de não saber se mais ajuda humanitária vai chegar intensificam a já crescente insegurança", declarou a agência da ONU, que pediu às autoridades israelenses que "permitam a entrada de volumes muito maiores de ajuda alimentar, e com mais rapidez".

Os caminhões foram "saqueados na noite de quinta-feira no sul de Gaza, quando estavam a caminho das padarias apoiadas pelo PMA", detalhou a agência em comunicado.

Retomada da ajuda e bloqueio israelense

A entrada da ajuda humanitária no território palestino, devastado pela guerra e marcado pela fome, foi retomada nesta sexta-feira após o bloqueio israelense iniciado em 2 de março.

Israel justifica o bloqueio como forma de pressionar o movimento islamista Hamas pela libertação dos reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

O Cogat, órgão do Ministério da Defesa israelense responsável pelos assuntos civis nos Territórios Palestinos, anunciou que 107 caminhões entraram em Gaza na quinta-feira.

Contexto da ajuda e dificuldades enfrentadas

Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para refugiados palestinos (Unrwa), lembrou que durante as seis semanas de trégua — interrompida em março — entre 500 e 600 caminhões entravam diariamente.

"Ninguém deveria se surpreender ou se escandalizar ao ver cenas nas quais a ajuda valiosa é saqueada, roubada ou 'perdida'", escreveu no X, acrescentando que "a população de Gaza está há mais de onze semanas passando fome".

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