Linhas de Nazca são geoglifos de mais de 2.000 anos de idade com figuras geométricas e de animais (Martin Bernetti/AFP)
AFP
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 14h26.
Os milenares geoglifos do sul do Peru, conhecidos como Linhas Nazca, foram danificados por um caminhão que entrou ilegalmente neste sítio Patrimônio da Humanidade, cujo motorista será acusado criminalmente, informou o Ministério da Cultura nesta terça-feira.
O veículo entrou no Pampas de Nazca no dia 27 de janeiro na altura do quilômetro 424 da Rodovia Panamericana Sul, apesar da sinalização, "afetando a superfície do pampa, incluindo parte de três geoglifos de linhas retas", indicou o ministério em uma nota.
"Os vigilantes do ministério da Cultura, encarregados deste sítio arqueológico, detiveram o infractor, apresentando queixa à Polícia Nacional do Peru de Nazca", afirmou.
"O caminhão deixou marcas profundas em seu caminho em uma área aproximada de cerca de 100 metros", acrescenta a nota.
As Linhas Nazca já foram afetadas anteriormente. Em setembro de 2015, um sujeito entrou e escreveu seu nome em um dos geoglifos, e foi preso e colocado à disposição da justiça.
Em 2014, ativistas do Greenpeace entraram neste Patrimônio da Humanidade, na área onde o geoglifo de colibris está localizado, e colocaram 45 telas amarelas com a mensagem: "Time for Change! The future is renewable, Greenpeace" (Tempo de mudança! O futuro é renovável, Greenpeace).
O ato aconteceu durante a Conferência da ONU sobre o clima realizada em Lima, em dezembro de 2014.
As Linhas de Nazca são geoglifos de mais de 2.000 anos de idade com figuras geométricas e de animais, que só podem ser apreciadas do alto.
Seu real significado é um enigma: alguns pesquisadores as consideram um observatório astronômico e outros um calendário.