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Cameron: soberania das Malvinas não será negociada

Segundo ele, a Grã-Bretanha aceita "trabalhar junto" à Argentina em questões como a pesca nos arredores do arquipélago do Atlântico Sul

O primeiro-ministro britânico, David Cameron (Carl Court/AFP)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2012 às 15h49.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quinta-feira que não haverá nenhuma negociação com a Argentina sobre a soberania das Ilhas Falkland (Malvinas). Segundo ele, a Grã-Bretanha aceita "trabalhar junto" à Argentina em questões como a pesca nos arredores do arquipélago do Atlântico Sul e no aumento do comércio entre os dois países, mas a soberania das ilhas não será negociada. Cameron deu as declarações no mesmo dai em que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, faz um discurso na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo que o Reino Unido restitua as ilhas à Argentina, que acusa os britânicos de terem invadido o arquipélago em 1833.

"As tentativas de intimidar os habitantes das Falkland não terão sucesso. Porque a Grã-Bretanha está ao lado dos kelpers (habitantes das ilhas) e estará sempre pronta a ficar ao lado deles em todos os momentos", disse Cameron. As declarações do premiê britânico foram feitas no momento em que são marcados os 30 anos do fim da Guerra das Malvinas, quando militares britânicos derrotaram os soldados argentinos que ocuparam as ilhas durante 74 dias em 1982. Mais de 900 militares argentinos e britânicos foram mortos na guerra.

Cameron também ressaltou o apoio do governo britânico à iniciativa dos kelpers, que no primeiro semestre de 2013 farão um referendo para ratificar a autodeterminação de que o arquipélago permaneça com a Grã-Bretanha. Na manhã de hoje, centenas de kelpers fizeram uma homenagem aos soldados britânicos mortos em 1982 para retomar o arquipélago e inauguraram uma estátua em Port Stanley.

As informações são da Dow Jones.

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