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Cameron se compromete a divulgar oposição a usina de Belo Monte

A usina hidroelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu e poderá ser a terceira maior do mundo

Cineasta se comprometeu em divulgar a rejeição de indígenas e agricultores (.)

Cineasta se comprometeu em divulgar a rejeição de indígenas e agricultores (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Brasília - O cineasta James Cameron ("Avatar") se comprometeu hoje a "divulgar no mundo" a rejeição de indígenas e agricultores à construção da usina hidroelétrica de Belo Monte, no Pará.

"Sou cineasta, não sou político, nem cientista, mas acredito nesta causa e é preciso dizer ao mundo que há outros modelos de progresso e desenvolvimento", disse Cameron diante de centenas de ativistas que protestaram hoje em Brasília contra o projeto da usina.

O cineasta explicou que, durante as duas semanas em que está no Brasil, onde participou de reuniões sobre meio ambiente e divulgou a versão em DVD de "Avatar", ouviu "dezenas de pessoas falarem contra esse projeto, pelas consequências que terá para o meio ambiente e para os povos amazônicos".

"Escutei também os índios, ouvi sua rejeição e os motivos de sua luta, e não posso resistir a unir minha voz a este grito de resistência", afirmou, em meio a bandeiras vermelhas e brancas e aos aplausos dos ativistas. Dois dos protagonistas de "Avatar", Sigourney Weaver e Joel David Moore, também estiveram com Cameron.

A usina hidroelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu e poderá gerar 11.233 megawatts, sendo assim a terceira maior do mundo, atrás da de Três Gargantas, na China, e da de Itaipu, compartilhada por Brasil e Paraguai.

Sua construção prevê a inundação de uma área de 506 quilômetros quadrados. Segundo os movimentos sociais, serão deslocados mais de 50 mil indígenas e camponeses, enquanto outras dezenas de milhares sofrerão o impacto ambiental do projeto, que deve ser erguido no município paraense de Altamira.

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará entrou com duas ações para tentar suspender a licitação da usina, marcada para o próximo dia 20, por incompatibilidades com as leis ambientais e a Constituição.

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