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Cameron promete "trabalhar duro" após derrota nas eleições

O premiê do Reino Unido assegurou "ter captado" a mensagem da derrota dos conversadores nas eleições municipais do país na quinta-feira passada

Cameron: "a mensagem que o povo envia é esta: se concentre no que importa, cumpra o prometido e demonstre no processo que você pode fazê-lo" (Eric Feferberg/AFP)

Cameron: "a mensagem que o povo envia é esta: se concentre no que importa, cumpra o prometido e demonstre no processo que você pode fazê-lo" (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 06h43.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, promete "trabalhar duro para cumprir o prometido" aos cidadãos, após a derrota dos conservadores nas eleições municipais da quinta-feira passada, cuja mensagem assegura "ter captado".

Em artigo publicado nesta segunda-feira em "The Daily Telegraph", Cameron afirma também que manterá seu programa político e não cederá às pressões da direita dentro de seu próprio partido, que lhe pede que volte aos valores tradicionais e deixe de lado iniciativas dos liberal-democratas, parceiros no Governo de coalizão.

"A mensagem que o povo envia é esta: se concentre no que importa, cumpra o prometido e demonstre no processo que você pode fazê-lo (...)", diz em seu artigo.

Cameron adverte que, se o Governo não se conectar com as preocupações dos cidadãos, corre o risco de ser percebido como "um punhado de contadores" que administra uma empresa, em vez de políticos que se solidarizam com a população.

Tanto o Partido Conservador como o liberal-democrata perderam centenas de vereadores nas eleições da quinta-feira passada, em favor dos trabalhistas de Ed Miliband.

Por causa dessa derrota, a ala dura dos "tories" reivindicou ao Governo o abandono de políticas promovidas pelos liberais, como a reforma da Câmara dos Lordes (para torná-la mais democrática) ou o casamento homossexual.

Embora Cameron tenha dito que não cederá a estas pressões, os comentaristas antecipam que essas duas propostas não serão incluídas no programa legislativo que na quarta-feira apresentará, em nome do Governo, a rainha Elizabeth II. 

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