Mundo

Cameron: intervenção na Líbia durará 'até quando for necessário'

Primeiro-ministro britânico afirmou que agora a população está mais perto de poder decidir seu futuro

Cameron, premiê britânico: "operações estão sendo realizadas com notável sucesso" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Cameron, premiê britânico: "operações estão sendo realizadas com notável sucesso" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 12h26.

Bruxelas - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta sexta-feira que a intervenção militar na Líbia se prolongará "até quando for necessário" para cumprir com a resolução da ONU e seu mandato.

"A resolução 1973 pede que sejam tomadas todas as medidas necessárias para proteger a população civil, e persistiremos em nosso objetivo como nos últimos dias", assinalou o primeiro-ministro do Reino Unido em entrevista coletiva ao fim da cúpula europeia em Bruxelas.

Para Cameron, "a população (da Líbia) está agora mais perto de poder decidir seu futuro que há duas semanas", explicou.

"Com a intervenção damos mais espaço aos líbios para construir seu futuro sem serem assassinados", disse Cameron, rejeitando que o líder líbio, Muammar Kadafi, deva se envolver na sucessão do poder do país.

Neste sentido, pediu "às pessoas próximas a Kadafi que estejam conscientes de que a partir de agora se não deixarem seus tanques e sua ofensiva, todas suas ações serão suscetíveis de constituir crimes de guerra e deverão pagar por isso".

Cameron se referiu também à reunião do grupo de contato em Londres ao qual acudirão os ministros de Exteriores da coalizão que intervém na Líbia e também os Emirados Árabes Unidos, que se somaram à missão, "e aonde deveria comparecer a Turquia, que está fazendo um grande papel".

Cameron, que junto ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, liderou a intervenção na Líbia até a tomada de controle por parte da Otan estipulada na noite desta quinta-feira, destacou "a vital contribuição do Reino Unido".

"As operações estão sendo realizadas com notável sucesso até agora e agimos sem perder um minuto", se defendeu o primeiro-ministro, assegurando que graças à operação na Líbia "vidas de inocentes estão sendo salvas diariamente".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEuropaGuerrasLíbiaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Harris nos EUA

Sri Lanka vota em primeiras presidenciais desde o colapso econômico

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez