Mundo

Cameron garante que deixará a UE, mas deseja relação próxima

O primeiro-ministro britânico também comentou que, apesar de o Reino Unido estar deixando a União Europeia, "não deve virar as costas para a Europa"


	David Cameron: "Espero que mantenhamos uma relação o mais próxima possível em termos de comércio, cooperação e segurança"
 (Phil Noble / Reuters)

David Cameron: "Espero que mantenhamos uma relação o mais próxima possível em termos de comércio, cooperação e segurança" (Phil Noble / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 13h44.

Bruxelas - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, assegurou nesta terça-feira que seu país deixará a União Europeia (UE) após o referendo da última quinta-feira, no qual venceu a opção do "Brexit", mas defendeu que o processo de divórcio seja "construtivo" e uma relação estreita com o bloco comunitário.

"Espero que mantenhamos uma relação o mais próxima possível em termos de comércio, cooperação e segurança, porque isso é bom para nós e para eles", declarou Cameron em sua chegada ao Conselho Europeu que acontece hoje em Bruxelas.

O primeiro-ministro britânico também comentou que, apesar de o Reino Unido estar deixando a União Europeia, "não deve virar as costas para a Europa".

"Estes países são nossos amigos, nossos vizinhos, nossos aliados e nossos parceiros e espero que busquemos a relação mais próxima possível", disse o premiê britânico.

Cameron também manifestou sua esperança de que o processo de separação seja "o mais construtivo possível" e que este seja o espírito das discussões de hoje.

O primeiro-ministro do Reino Unido se reuniu hoje com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e se reunirá também com o do Conselho Europeu, Donald Tusk, que ressaltou que a UE está preparada para iniciar esse processo de divórcio "hoje mesmo".

No entanto, o certo é que ninguém espera que Cameron ative hoje o artigo 50 do Tratado de Lisboa com o qual se inicia o período de pelo menos dois anos para materializar a saída britânica.

O premiê britânico deixou claro que o responsável por ativar essa cláusula será seu sucessor no cargo.

O Partido Conservador do Reino Unido já antecipou que espera que o substituto seja definido em setembro, e não em outubro, como tinha indicado o próprio Cameron.

Acompanhe tudo sobre:BrexitDavid CameronEuropaPaíses ricosReino UnidoUnião Europeia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'