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Cameron diz que Reino Unido 'caçará' assassinos de Haines

O chefe do Executivo descreveu Haines, o voluntário executado pelos jihadistas após ser sequestrado no ano passado na Síria, como um 'herói britânico'


	David Cameron: Reino Unido prevê continuar prestando apoio humanitário às milhares de pessoas que fogem do Estado Islâmico
 (Oli Scarff/AFP)

David Cameron: Reino Unido prevê continuar prestando apoio humanitário às milhares de pessoas que fogem do Estado Islâmico (Oli Scarff/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2014 às 11h22.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou neste domingo depois de se reunir com o comitê de emergências de seu governo, que o Reino Unido 'caçará' os responsáveis do assassinato do voluntário David Haines.

Em um comparecimento após seu encontro com responsáveis militares, policiais e de inteligência, Cameron disse que o Executivo britânico colaborará com seus aliados e dará 'os passos que forem necessários' para enfrentar a ameaça do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

'Temos que compreender que não podemos baixar a cabeça perante esta ameaça sem comprometer nossa segurança', disse o 'premier' conservador, que ressaltou que a organização extremista deve ser 'confrontada'.

Cameron defendeu que o Reino Unido deve trabalhar 'passo a passo' para 'desmantelar e destruir' o Estado Islâmico de um modo 'tranquilo e planejado', mas com 'determinação'.

O chefe do Executivo descreveu Haines, o voluntário executado pelos jihadistas após ser sequestrado no ano passado na Síria, como um 'herói britânico' e ressaltou que os cidadãos do Reino Unido se sentem 'doentes' após a divulgação das imagens nas quais um extremista, provavelmente britânico, executa o refém.

Cameron admitiu que 'levará tempo acabar com uma ameaça como esta' e avançou que a estratégia para combater o EI 'requer tomar ações tanto em casa como no exterior'.

'Não podemos fazer a sós, devemos trabalhar junto com o resto do mundo', disse o primeiro-ministro do Reino Unido.

O voluntário escocês executado, de 44 anos, 'foi assassinado do modo mais brutal imaginável, por uma organização que encarna o mal', disse o primeiro-ministro, que ressaltou que o voluntário 'estava na Síria para ajudar gente'.

'Sua decência e vontade de ajudar os outros custou sua vida. O país está orgulhoso do que fez em suas missões humanitárias', assinalou Cameron sobre Haines, que trabalhou como engenheiro nas forças aéreas britânicas (RAF) durante 12 anos antes de se dedicar à cooperação.

Cameron ressaltou que o Reino Unido prevê continuar prestando apoio humanitário às milhares de pessoas que fogem do Estado Islâmico no Iraque e Síria, ao mesmo tempo que avançou que seu governo buscará apoios internacionais para 'mobilizar todo o apoio possível contra o EI'. 

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