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Cameron defende veto europeu como resposta correta para seu país

"Não foi uma coisa fácil, mas foi o correto" defendeu o primeiro-ministro britânico ao justificar sua recusa ao novo tratado da UE

Cameron considera que o Reino Unido continua sendo um membro de 'pleno direito' da UE (Dan Kitwood/Getty Images)

Cameron considera que o Reino Unido continua sendo um membro de 'pleno direito' da UE (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 15h05.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu nesta segunda-feira seu veto a um novo tratado europeu como a "resposta correta", mas insistiu que o Reino Unido continua sendo um membro de "pleno direito" da União Europeia (UE).

"A escolha era um tratado sem as salvaguardas adequadas ou nenhum tratado, e a resposta correta foi nenhum tratado", declarou Cameron em uma concorrida audiência na Câmara dos Comuns, onde brilhou pela ausência o vice-premier, o liberal democrata e pró-europeu Nick Clegg.

"Não foi uma coisa fácil, mas foi o correto", acrescentou, sob os aplausos dos deputados conservadores, antes de explicar que as garantias que desejava dos sócios europeus para proteger os interesses britânicos eram "modestas, razoáveis e relevantes".

O primeiro-ministro britânico insistiu, no entanto, que a não aceitação do acordo alcançado entre os outros 26 membros do bloco para reforçar a disciplina fiscal da Eurozona não significa que o Reino Unido não continua sendo parte da UE.

"O Reino Unido permanece sendo um membro de pleno direito da União Europeia e os acontecimentos da semana passada não mudam nada", afirmou Cameron aos deputados, incluindo muitos que - especialmente em seu partido - desejam a saída definitiva do bloco ou, no mínimo, uma renegociação das condições de adesão.

O líder da oposição, Ed Miliband, iniciou o discurso com a pergunta sobre onde estava Clegg, que no domingo afirmou que a posição defendida por Cameron em Bruxelas corria o risco de deixar o país "isolado e marginalizado".

Miliband disse que o acordo era "ruim" para a Grã-Bretanha e acusou o primeiro-ministro de ter "abandonado a cadeira" do país na mesa de negociações europeia.

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