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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Bruxelas - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que seu país quer uma zona do euro forte e que, durante discussões com parceiros da União Europeia (UE), concordou com as sanções fiscais e a supervisão dos orçamentos que as economias que utilizam a moeda única pretendem adotar.
"É de interesse do nosso país que haja uma forte e bem-sucedida zona do euro e nós apoiamos os esforços para torná-la mais estável e lidar com suas dificuldades", comentou o político após participar pela primeira vez de uma reunião do Conselho Europeu. "Mas também vamos garantir que nossa autonomia seja protegida. Nós não somos nem seremos membros (da zona) do euro." Os líderes da UE se encontraram em Bruxelas para discutir mudanças nas regras do bloco sobre governança econômica.
Cameron disse que os líderes da UE concordaram que sanções para aqueles que descumprirem obrigações econômicas seriam aplicadas apenas para membros da zona do euro. Eles também concordaram que supervisões orçamentárias feitas pelas autoridades do bloco levariam em conta procedimentos orçamentários nacionais. "Tenho certeza de que isso significa que a Grã-Bretanha vai sempre apresentar seu orçamento primeiro para o seu parlamento", disse.
Perguntado sobre o impacto dos cortes de gastos no mercado de trabalho do Reino Unido, Cameron afirmou que não resolver a questão do déficit seria o que mais prejudicaria a geração de emprego e a recuperação econômica. "A verdade é que se nós não lidarmos com nossas dívidas e nossos déficits, nunca teremos a confiança que precisamos para fazer a economia crescer de novo e ter uma recuperação forte e sustentável", disse.
Cameron defendeu a decisão do seu novo governo de coalizão de rever e cancelar alguns dos planos de gastos da administração anterior. "Nosso déficit orçamentário não é um dos melhores na Europa, é um dos piores na Europa, então nós vamos ter de tomar decisões difíceis", comentou.
O primeiro-ministro disse que havia apoio para a tentativa do Reino Unido de introduzir uma cobrança para instituições financeiras, e reiterou sua oposição a uma cobrança para bancos com um uso específico dos fundos arrecadados determinado pela Europa. "Isso é algo para o qual gostaríamos de um acordo internacional, mas vamos seguir com esse plano de uma cobrança para bancos de qualquer forma". As informações são da Dow Jones.