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Cameron atrasa recesso do Parlamento pelo escândalo das escutas

O Parlamento fará na quarta-feira uma sessão extraordinária, na qual o premiê do Reino Unido deve expôr as novidades sobre a investigação

Cameron deve encurtar sua visita à África e, depois de ir nesta terça-feira à Nigéria, voltará no mesmo dia a Londres (Getty Images)

Cameron deve encurtar sua visita à África e, depois de ir nesta terça-feira à Nigéria, voltará no mesmo dia a Londres (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 10h59.

Johanesburgo - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira em Pretória, na África do Sul, que o Parlamento não vai entrar em recesso de verão nesta terça-feira, como previsto, e fará na quarta-feira uma sessão extraordinária sobre o escândalo das escutas.

Na entrevista coletiva que seguiu a reunião com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, Cameron defendeu uma nova sessão parlamentar para que possa explicar as novidades da investigação em torno das escutas telefônicas do jornal "News of the World".

"Vou pedir que o Parlamento se reúna mais um dia, na quarta-feira, para que eu possa dar uma nova declaração sobre os detalhes da investigação judicial", disse o premiê.

O chefe do Executivo britânico afirmou estar disposto a responder "às perguntas que surjam" na Câmara dos Comuns.

Diante das críticas que recebeu por sair do país enquanto o escândalo se intensifica, Cameron sustentou que é "importante" que viaje ao exterior para fazer negócios em um momento em que o país precisa de "investimento, crescimento e empregos".

A renúncia do chefe da Scotland Yard, Paul Stephenson, por conta do escândalo surpreendeu Cameron na África do Sul neste domingo, no início de uma visita de cinco dias ao continente.

Segundo a emissora sul-africana "Talk Radio", Cameron poderia encurtar sua visita à África e, após viajar nesta terça-feira à Nigéria, empreender seu retorno nesse mesmo dia a Londres.

No domingo ocorreu ainda a detenção de Rebekah Brooks, ex-executiva-chefe do grupo News International, do magnata Rupert Murdoch, no Reino Unido. Rebekah foi solta após pagar fiança na madrugada da segunda-feira, depois de ser interrogada pela Scotland Yard.

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