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Cameron admite dificuldade em realizar G8 devido Ucrânia

Primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron admitiu ter dificuldades para realizar a cúpula do G8 devido a crise política na Ucrânia


	O premiê David Cameron: Cameron disse que "é difícil ver como esta reunião poderia ser realizada" diante da atual situação na Ucrânia
 (Leon Neal/AFP)

O premiê David Cameron: Cameron disse que "é difícil ver como esta reunião poderia ser realizada" diante da atual situação na Ucrânia (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 11h15.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, admitiu nesta quarta-feira ter dificuldades para realizar a cúpula do G8, que estava prevista para ocorrer no mês de junho, na cidade russa de Sochi, e não descartou a possibilidade de impor sanções ao governo russo.

Durante a habitual sessão de perguntas ao primeiro-ministro na câmara dos Comuns, Cameron disse que "é difícil ver como esta reunião poderia ser realizada" diante da atual situação na Ucrânia e qualificou a presença de forças russas na Crimeia como algo "inaceitável".

O Grupo dos Sete (países mais industrializados) já suspendeu os preparativos para a realização da cúpula do G8 (G7 mais Rússia).

Segundo o primeiro-ministro britânico, é importante considerar todos tipos de medidas, "políticas, econômicas e diplomáticas", para impedir que a Rússia dê "mais passos" na Ucrânia.

"Nosso objetivo é diminuir a tensão", declarou o premiê, que ressaltou que abordará esse tema ainda hoje com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Amanhã, antes da reunião dos líderes europeus que será realizada em Bruxelas, Cameron se reunirá com o presidente francês, Françoise Hollande, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Cameron especificou a necessidade de a Rússia respeitar "a integridade territorial" da Ucrânia e admitiu que "nada está fora da mesa" na hora de considerar sanções contra a Rússia.

Segundo a emissora pública "BBC", o governo britânico está revisando as licenças de exportação do Reino Unido à Rússia, concretamente a venda de componentes para fabricação de armamento.

Em relação à reunião dos líderes da UE, prevista para ocorrer amanhã, o primeiro-ministro britânico destacou a importância do bloco mostrar "unidade" e chegar a uma definição perante esta crise.

De acordo com Cameron, é importante alertar a Rússia sobre as "consequências" de suas ações perante a crise ucraniana. Além disso, o primeiro-ministro britânico também se mostrou a favor da criação de um grupo de contato com países próximos à Rússia e Ucrânia para incentivar o diálogo entre ambas as partes.

A crise na Ucrânia também será o tema principal de um encontro entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, previsto para ocorrer hoje em Paris.

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