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Câmbio chinês distorce o comércio, diz Barral

O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, elevou o tom das reclamações diretas contra a China

Iuane desvalorizado distorce o comércio global, segundo o secretário de Comércio Exterior (.)

Iuane desvalorizado distorce o comércio global, segundo o secretário de Comércio Exterior (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Preocupadas com o fraco desempenho da balança comercial, autoridades do governo brasileiro elevam o tom das reclamações diretas contra a China. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse ontem que o iuane desvalorizado "distorce" o comércio global.

"A China está afetando todo o sistema multilateral de comércio", disse Barral, após se reunir com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "O câmbio chinês distorce todos os preços."

Segundo o secretário, os efeitos do iuane desvalorizado são ainda mais fortes para o Brasil, porque o País vende commodities para a China, o que atrai muitos dólares. A posição oficial do governo brasileiro é que o assunto deve ser discutido em fóruns globais, como a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) este fim de semana, em Washington, e o encontro do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Seul, na Coreia do Sul, em novembro.

Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, no entanto, avaliam "com atenção" uma lei recém-aprovada pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. Conforme a legislação, que ainda tem que ser votada no Senado, os EUA elevariam as tarifas de importação para compensar o iuane desvalorizado. "É uma sinalização política importante dos americanos e estamos avaliando com atenção", disse Barral.

Ele ressalta que ainda não está claro se a lei cumpre as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC) ou se, no futuro, poderia ser utilizada contra o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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