Strauss-Kahn estampa capa de jornais franceses (Getty Images / Sean Gallup)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2011 às 20h38.
Nova York - A camareira de hotel que acusou o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn de abuso sexual e tentativa de estupro teve um encontro nesta quarta-feira de várias horas com promotores de Nova York para discutir o caso.
Nafissatou Diallo, que recentemente abandonou o silêncio e começou a falar publicamente, chegou acompanhada do advogado Kenneth Thompson para um encontro pela manhã, diante de enorme presença da mídia.
A promotoria pública de NY está decidindo se vai seguir adiante com as acusações de abuso sexual e tentativa de estupro movidas contra Strauss-Kahn.
O encontro desta quarta-feira aconteceu três dias após Diallo, de 32 anos, ter concedido suas primeiras entrevistas sobre o caso, para a revista Newsweek e a rede ABC News, possivelmente com o objetivo de aumentar a pressão da opinião pública sobre os promotores para manter as acusações.
A situação de Strauss-Kahn está indefinida há várias semanas, depois que os promotores revelaram que tinham descoberto divergências nos depoimentos de Diallo tanto sobre seu passado quanto sobre o que fez logo após a suposta agressão.
Strauss-Kahn foi libertado da prisão domiciliar em consequência dos acontecimentos, mas ainda não pode deixar os Estados Unidos. Os advogados dele pediram que os promotores abandonem o caso, enquanto os representantes da camareira e grupos feministas e de minorias pressionam por um julgamento.
A próxima audiência de Strauss-Kahn está marcada para 23 de agosto. Antes da prisão em maio, ele era visto como principal candidato a se tornar o próximo presidente da França.