Mundo

Camareira que acusou Strauss-Kahn foi estuprada, diz relatório

"Diagnóstico: agressão. Causa dos ferimentos: agressão e estupro" apontou o relatório médico publicado pela revista L'Express

Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações (Richard Drew/AFP)

Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações (Richard Drew/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 13h56.

Paris - A camareira do hotel Sofitel de Nova York que acusou de abuso sexual o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn foi vítima de estupro, apontam os médicos que a atenderam naquele dia, revela nesta terça-feira a revista francesa L'Express.

Médicos do hospital St. Luke's Roosevelt de Manhattan examinaram Nafisatou Diallo no dia 14 de maio, no dia da suposta agressão, e conforme relatório elaborado a mulher sofria de diversos ferimentos causados pelo estupro.

"Diagnóstico: agressão. Causa dos ferimentos: agressão e estupro", indicam as conclusões do relatório divulgadas pelo L'Express, no qual acrescenta que Diallo chegou ao hospital de ambulância, embora fosse capaz de caminhar sozinha. Ela estava acompanhada de um policial.

O relatório aponta para a declaração dos profissionais de saúde que a atenderam, segundo o qual a camareira do hotel dizia ter sido vítima de abuso sexual. Chorando, Diallo contou aos médicos detalhes da agressão.

Na última página do relatório, o médico descreve a área vaginal da paciente, onde aponta traumatismo na parte posterior, além de indicar que a região estava avermelhada.

O advogado de Diallo, Kenneth Thompson, expressa em entrevista concedida a L'Express sua convicção de que sua cliente sofreu abuso sexual, e sua surpresa pelo fato da Promotoria, embora tenha abordado esses dados no início da investigação, não concedeu maior peso.

Segundo o advogado, "não existe" a conversa publicada na imprensa na qual supostamente a mulher falou com um amigo preso por tráfico de maconha e falou com ele sobre os benefícios que poderia tirar do julgamento contra Strauss-Kahn, o que deu a entender que conhecia a identidade do então dirigente do FMI.

"Um homem que não conheço me agrediu e tentou tirar minha roupa. Brigamos fisicamente. Fui ao hospital e o detiveram", conta Thompson sobre o que aparece na gravação, com a qual tenta defender a credibilidade de sua cliente.

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualCrimeEconomistasSaúdeStrauss-Kahn

Mais de Mundo

Médico da Casa Branca diz que Trump está com 'excelente saúde'

EUA diz que tarifas sobre semicondutores provavelmente começarão 'em um mês ou dois'

China pede aos EUA que 'eliminem completamente' as tarifas recíprocas

Papa Francisco aparece de surpresa na missa do Domingo de Ramos