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Câmara rejeita medida que autoriza papel dos EUA na Líbia

Parlamentares mostraram-se contrários às operações militares ordenadas pelo presidente Barack Obama

Câmara dos EUA: foram 295 votos contra a operação na Líbia, e 123 a favor (Casa Branca/Divulgação)

Câmara dos EUA: foram 295 votos contra a operação na Líbia, e 123 a favor (Casa Branca/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 15h04.

Washington - A Câmara de Representantes dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira uma resolução que autoriza as operações militares americanas na Líbia, em meio a um acalorado debate sobre a gestão do conflito no país árabe.

A medida, derrotada por 295 votos contra 123 a favor, representa o repúdio dos legisladores às operações militares ordenadas pelo presidente Barack Obama, especialmente porque, de acordo com a maioria republicana, foram realizadas sem a aprovação do Congresso.

A resolução, no entanto, terá pouco efeito nas atividades dos Estados Unidos na Líbia porque conta com pouco apoio no Senado, onde os democratas predominam.

A maioria dos republicanos e alguns democratas opostos à guerra criticam Obama por ter ordenado os ataques contra a Líbia sem a devida autorização do Legislativo.

A Casa Branca responde que não precisava do aval do Congresso porque sua participação na Líbia se limita a tarefas de apoio, e não a "hostilidades".

A chamada Resolução sobre os Poderes de Guerra, que data de 1973, em plena Guerra do Vietnã, exige que o Executivo consulte com o Congresso antes de lançar uma operação militar no exterior e receba seu sinal verde em um prazo máximo de 90 dias.

A Câmara baixa também prevê votar, ao longo do dia, outra medida que elimina as verbas para as operações militares, salvo para as tarefas de apoio à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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