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Câmara dos Deputados da Argentina vota hoje expropriação

Os parlamentares passaram o dia ontem discutindo o tema e sinalizaram que a maioria vai apoiar a proposta

A previsão da base aliada da presidenta Kirchner é obter de 210 a 215 votos, do total dos 257 membros da Câmara (Eitan Abramovich/AFP)

A previsão da base aliada da presidenta Kirchner é obter de 210 a 215 votos, do total dos 257 membros da Câmara (Eitan Abramovich/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 08h18.

Brasília – A Câmara dos Deputados da Argentina (formada por 257 parlamentares) se prepara para votar hoje (3) o projeto que autoriza a expropriação da petrolífera YPF, administrada pela espanhola Repsol, conforme decisão anunciada pela presidenta Cristina Kirchner no dia 16. Os parlamentares passaram o dia ontem discutindo o tema e sinalizaram que a maioria vai apoiar a proposta. Na semana passada, o Senado aprovou o projeto.

Praticamente todos os que estavam no plenário da Câmara discursaram. A sessão, que começou à tarde, só foi interrompida à meia-noite. A expectativa é que hoje o ritmo seja semelhante, pois vários parlamentares já se inscreveram para falar. Entidades civis prometem se mobilizar em frente ao prédio do Congresso Nacional para acompanhar a promulgação da lei, com a palavra de ordem: unidos e organizados.

A previsão da base aliada da presidenta Kirchner é obter de 210 a 215 votos, do total dos 257 membros da Câmara. Se isso ocorrer, será uma votação histórica. De acordo com avaliações preliminares, os votos contrários devem variar de 34 a 38 e as abstenções de 4 a 6 , além de 4 a 10 ausências.

O texto em discussão define a expropriação de 51% das ações da petrolífera YPF, declarada de interesse público e em respeito à soberania nacional de hidrocarbonetos da Argentina. A medida foi anunciada na semana passada pela presidenta Cristina Kirchner gerando reações positivas e negativas.

A União Europeia criticou a decisão. Investidores espanhóis ameaçam suspender aplicações na Argentina, alegando receio de novas expropriações. Paralelamente, o governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a nacionalização de uma empresa energética administrada por espanhóis.

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