Mundo

Câmara de Representantes dos EUA pede mais sanções contra Nicarágua

Washington já sancionou três funcionários ligados a Ortega com base na Global Magnitsky, que permite aos EUA punir os que atentam contra os direitos humanos

Nicarágua: protestos no país começaram em 18 de abril, com uma manifestação contra a reforma da Previdência (Jorge Cabrera/Reuters)

Nicarágua: protestos no país começaram em 18 de abril, com uma manifestação contra a reforma da Previdência (Jorge Cabrera/Reuters)

A

AFP

Publicado em 25 de julho de 2018 às 20h57.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos defendeu nesta quarta-feira mais sanções contra o governo de Daniel Ortega na Nicarágua por sua violenta repressão aos protestos da oposição.

Ao menos 300 pessoas já morreram desde o início das manifestações contra Ortega, em abril.

Os representantes aprovaram por aclamação a resolução "H.RES. 981", que condena "a perseguição e os assassinatos de manifestantes pacíficos" por parte das autoridades nicaraguenses e pede ao governo de Donald Trump que sancione os responsáveis.

O texto "pede aos Estados Unidos que continue condenando as atrocidades na Nicarágua, exija a libertação dos detidos injustamente e identifique as pessoas que participam desta violência (...) para que sejam submetidas às sanções previstas na lei Global Magnitsky".

Washington já sancionou, em 5 de julho, três funcionários nicaraguenses ligados a Ortega com base na Global Magnitsky, que permite aos Estados Unidos punir os que atentam contra os direitos humanos ou pratiquem atos de corrupção em outros países.

A resolução aprovada nesta quarta-feira também exorta à realização de eleições "livres, justas e sob uma observação internacional crível" na Nicarágua, como exigem os manifestantes.

"Hoje podemos enviar uma mensagem forte, unificada e clara de que estamos observando, estamos atuando e apoiando as aspirações de todos os nicaraguenses amantes da liberdade", declarou Ileana Ros-Lehtinen, representante republicana pelo estado da Flórida, que patrocinou a iniciativa.

Os protestos na Nicarágua começaram em 18 de abril, com uma manifestação contra a reforma da Previdência, mas logo se transformaram em um movimento contra Ortega, que governa o país desde 2007, após sucessivas reeleições.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)NicaráguaProtestos no mundo

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'