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Caixas-pretas de avião que caiu no Cazaquistão são examinadas em Brasília

Investigadores do Azerbaijão e da Rússia acompanharão a transcrição dos áudios

Caixas-pretas: análise no Brasil busca esclarecer queda de avião no Cazaquistão (AFP)

Caixas-pretas: análise no Brasil busca esclarecer queda de avião no Cazaquistão (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 19h58.

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As caixas-pretas do avião Embraer que caiu no Cazaquistão já estão sendo examinadas no Brasil, conforme informou a Força Aérea Brasileira (FAB) nesta quinta-feira, 2. A FAB destacou que a extração e validação dos dados ocorrerão “no menor prazo possível”.

O acidente envolvendo o jato Embraer 190, da Azerbaijan Airlines, ocorreu em 25 de dezembro e deixou 38 mortos. O avião partiu de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grozny, na Chechênia, sul da Rússia. Autoridades azerbaijanas alegam que o jato foi atingido por mísseis da defesa antiaérea russa, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento.

As caixas-pretas, que contêm gravações de áudio da cabine e dados do voo, estão sendo analisadas no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sediado em Brasília. Investigadores do Cazaquistão, Azerbaijão e Rússia acompanham os trabalhos no Brasil. No entanto, a FAB ressaltou que as conclusões da análise serão de responsabilidade exclusiva das autoridades do Cazaquistão.

O Cenipa conta com tecnologia de realidade virtual em 3D, permitindo aos especialistas reconstituir o voo com maior precisão. Essa ferramenta será essencial para esclarecer as variáveis que levaram à queda da aeronave.

Suspeitas e declarações internacionais

A tragédia está envolta em suspeitas de responsabilidade da defesa antiaérea russa, que foi ativada no dia do acidente em resposta a ataques com drones ucranianos, segundo Moscou. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, afirmou que o avião foi atingido por disparos vindos do território russo, enquanto o presidente Vladimir Putin lamentou o ocorrido e prometeu uma investigação completa.

A Casa Branca também afirmou possuir indícios preliminares de que sistemas de defesa antiaérea russos podem ter causado a queda. Por outro lado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) reforçou a necessidade de uma investigação imparcial sobre o caso.

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