Mundo

CAE promete apressar votações que interessam indústria

A garantia foi dada pelo senador Delcídio Amaral, após reunião com cerca de 30 lideranças empresariais

Na área de infraestrutura, a CNI destaca, como maior dificuldade, a ausência de um marco regulatório “adequado” (Germano Lüders/EXAME.com)

Na área de infraestrutura, a CNI destaca, como maior dificuldade, a ausência de um marco regulatório “adequado” (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 18h51.

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recebeu hoje (16) o apoio do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Delcídio Amaral (PT-MT), para a votação de uma série de projetos nas áreas de encargos trabalhistas, infraestrutura e tributação. A garantia foi dada pelo próprio senador, após reunião com cerca de 30 lideranças empresariais.

"A ideia é verificar os projetos prioritários e colocá-los na pauta o quanto antes. Em especial, alguns que tratam de desoneração da folha, regime de concessões, código mineral e custo da energia. Alguns deles ficarão para um segundo momento por exigir audiências públicas e uma articulação forte, já que [a princípio] são propostas que não serão aceitas pelo governo. Mas hoje trabalhamos forte nas pautas e, acredito, a coisa ficou bem encaminhada”, disse Amaral.

Os projetos discutidos durante a reunião constam da Agenda Legislativa da Indústria, documento divulgado no início do ano pela CNI. “Na área trabalhista, destacamos duas preocupações. Uma relativa à Convenção 158 da OIT [Lei que aumentou o tempo do aviso prévio, vinculando-o ao tempo de trabalho na empresa], e outra relativa à questão das terceirizações [que ainda não foram regulamentadas]”, explicou o presidente da CNI, Robson de Andrade.

Na área de infraestrutura, a CNI destaca, como maior dificuldade, a ausência de um marco regulatório “adequado”, e sugere “aperfeiçoar critérios para aprovação das indicações dos quadros de diretoria das agências reguladoras”, por meio da Lei Geral das Agências Reguladoras. Isso, segundo a entidade, "gera insegurança jurídica, redução de investimentos e baixa atratividade de investimentos estrangeiros".

Na área tributária, o destaque citado por Andrade é o custo dos impostos aplicados sobre a energia. “O Brasil tem a segunda energia mais cara do mundo”, lamenta o industrial. “O importante desse primeiro encontro com o senador [Delcídio Amaral] foi a abertura para reuniões periódicas no Congresso Nacional, para discutirmos pontos e mostrarmos os impactos de cada projeto na sociedade”.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaIndústriaPolítica no BrasilSenado

Mais de Mundo

Trump diz que definirá tarifas unilaterais nas próximas duas semanas

Sob Trump, confiança nos EUA cai ao redor do mundo, incluindo no Brasil, revela pesquisa

EUA anuncia retirada de diplomatas do Iraque em meio a tensões com o Irã

Militares dos EUA autorizam saída voluntária de familiares de tropas no Oriente Médio