Dylann Roof, 21 anos, detido por suspeita de matar 9 pessoas em igreja da Carolina do Sul, EUA: críticas contra se multiplicaram após o massacre (Jason Miczek/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 07h19.
Oito alunos da prestigiosa escola militar americana The Citadel foram suspensos depois de posarem com uma roupa que remonta a Ku Klux Klan (KKK).
A instituição também foi criticada, nesta sexta-feira, pela pré-candidata democrata à presidência Hillary Clinton por ter conservado uma bandeira da Confederação.
"Oito cadetes foram suspensos e partiram para casa esta manhã", confirmou Kimberly Keelor, porta-voz de The Citadel, uma academia privada situada na Carolina do Sul.
Os estudantes foram fotografados vestidos de branco e com a cabeça coberta com uma fronha furada nos olhos, lembrando o capuz dos membros do Ku Klux Klan, um grupo abertamente segregacionista.
Publicadas em uma rede social, as fotos foram consideradas "ofensivas e perturbadoras" pelo presidente da academia militar, que ordenou a abertura de uma investigação sobre o episódio.
"Segundo os primeiros elementos, os cadetes estavam praticando cantos natalinos", como parte de uma cena inspirada em um conto de Charles Dickens, explicou John Rosa, um ex-oficial da Força Aérea americana.
"Essas imagens são contrárias aos nossos valores fundamentais de honra, senso do dever e do respeito", de acordo com uma nota divulgada nesta quinta-feira.
O incidente chamou atenção para outro fato polêmico ligado à mesma academia: que o estabelecimento mantenha em seu campus uma bandeira confederada, emblema dos soldados do sul durante a Guerra de Secessão e símbolo do racismo para muitos americanos.
"Os símbolos do ódio trazem apenas mais ódio. É hora de tirar a bandeira confederada de The Citadel", postou hoje no Twitter a pré-candidata Hillary Clinton.
As críticas contra a bandeira confederada se multiplicaram após o massacre em 17 de junho por um jovem supremacista branco em Charleston, na Carolina do Sul. É exatamente onde fica The Citadel.