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Cadáveres de aliens no México? 'Gosto do que fizeram', diz Neil DeGrasse Tyson

Astrofísico afirmou que considerou correta a decisão dos cientistas mexicanos de realizarem uma audiência na Câmara dos Deputados do país para mostrar supostos aliens

Neil DeGrasse Tyson: "Se eles acreditam que estão certos, então o público precisa ver isso, eu gostei do que fizeram no México" (Cindy Ord/Getty Images)

Neil DeGrasse Tyson: "Se eles acreditam que estão certos, então o público precisa ver isso, eu gostei do que fizeram no México" (Cindy Ord/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de setembro de 2023 às 15h43.

O astrofísico e escritor americano Neil DeGrasse Tyson "afirmou que considerou correta a decisão dos cientistas mexicanos de realizarem uma audiência na Câmara dos Deputados do país para mostrar supostos aliens que foram examinados por uma equipe de cientistas do país.

Em entrevista a CNN americana, Tyson afirmou que é melhor liberar as imagens para que o público veja os supostos aliens do que não deixar ninguém ver. "Se eles acreditam que estão certos, então o público precisa ver isso, eu gostei do que fizeram no México", apontou o astrofísico.

A audiência no México foi realizada no dia 12 de novembro. Como parte da audiência, o ufólogo Jaime Maussan pediu, junto de outros especialistas, aos legisladores que reconheçam a vida extraterrestre no país e apresentou dois supostos corpos de alienígenas.

De acordo com Maussan, os corpos têm mais de mil anos e são objeto de estudo de uma pesquisa realizada pela Universidade Nacional Autônoma de México (Unam). A instituição determinou, por meio de análise de carbono 14, que eles permaneceram enterrados por um milênio dentro de uma diatomácea, um tipo de alga que não permite o crescimento de bactérias ou fungos, o que permitiu sua preservação.

Maussan enfatizou que os seres supostamente extraterrestres não são corpos recuperados de naves que caíram na Terra, mas sim corpos enterrados. "Não são múmias, são corpos intactos, completos, que não foram manipulados por dentro e que têm uma série de elementos que os tornam verdadeiramente extraordinários", disse. Os corpos foram encontrados no Peru, na região das Linhas de Nazca, em 2015, e têm cerca de 60 centímetros de comprimento.

Tyson pregou cautela, afirmando que é necessário que cientistas de outros laboratórios possam analisar os supostos extraterrestres para comprovar as afirmações. "Eles precisam deixar que outras pessoas verifiquem isso, para que possamos analisar se isso de fato é verdade ou não", afirmou o astrofísico.

Surpresa

Tyson afirmou durante a entrevista que ficou surpreso quando viu as imagens apresentadas pelos cientistas mexicanos.

"Os corpos apresentados parecem muito com os humanos, a estrutura corporal é muito parecida", avaliou o astrofísico. Tyson destacou também os narizes dos supostos corpos parecem estar muito preservados para terem mais de mil anos de existência.

Nasa

O diretor da Nasa, Bill Nelson, anunciou em entrevista no dia 14 de setembro que a agência espacial americana terá, a partir de agora, um diretor especificamente para a área de fenômenos anômalos não identificados (UAP, na sigla em inglês). Daniel Evans vai ocupar este cargo. Fenômenos anômalos incluem UFOs (Objetos Voadores não Identificados, Óvnis).

A Nasa define UAP como observações de eventos no céu que não podem ser identificados como aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos do ponto de vista científico. "Hoje, há um número limitado de observações de alta qualidade de ÓVNIs, o que torna impossível tirar conclusões científicas firmes sobre sua natureza", diz a agência.

Segundo Nelson, os relatos disponíveis de avistamentos de UAP (ou Óvnis) não têm o rigor científico necessário, nem dados suficientes para que se possa fazer estudos ou tirar conclusões sobre sua origem. A grande maioria acaba se revelando terrestre, como balões, eventos climáticos e aviões.

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