O ex-presidente republicano sempre se caracterizou por manter posições moderadas a respeito dos assuntos migratórios (Tom Pennington/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 20h44.
Washington - O ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, destacou nesta terça-feira a contribuição que os imigrantes deram à economia e à cultura do país e pressionou o Congresso a levar adiante uma reforma migratória.
''Os imigrantes chegam com novas habilidades e ideias'', afirmou o ex-mandatário, que lembrou que os EUA são ''uma nação de imigrantes'' e que foram eles que ''ajudaram a construir o país que hoje todos conhecemos''.
Bush realizou estas declarações em seu discurso na inauguração de um simpósio sobre imigração e crescimento econômico realizado no Centro Presidencial George W. Bush de Dallas (Texas).
Durante sua fala, o ex-presidente não fez distinção em nenhum momento entre imigrantes legais e ilegais - uma das constantes do discurso do Partido Republicano ao tratar questões de imigração - e explicou que os imigrantes não só contribuem à melhora econômica, mas ''enriquecem a alma'' dos americanos.
''Os imigrantes preenchem um vazio crítico de nosso mercado de trabalho e trabalham duro na busca por uma oportunidade para ter uma vida melhor'', indicou Bush, acrescentando que os EUA podem ser, ao mesmo tempo, uma sociedade que respeite a lei e que seja aberta e receptiva com os imigrantes.
Em relação ao debate sobre reforma migratória - uma questão fundamental para grande parte da comunidade hispânica -, Bush pressionou o Congresso e a Casa Branca a encontrar uma solução rápida com um ''espírito benevolente'' e que leve em conta ''as contribuições'' dos imigrantes.
O ex-presidente republicano sempre se caracterizou por manter posições moderadas a respeito dos assuntos migratórios e inclusive ''próximas'' às inquietações da comunidade latina de EUA, algo que poderia explicar-se por suas raízes texanas (depois da Califórnia, Texas é o segundo estado com maior presença hispânica do país).
As declarações de Bush aconteceram no mesmo dia em que vários empresários, líderes religiosos e representantes da lei, em sua maioria conservadores moderados, se pronunciaram em Washington a favor da reforma migratória, dada a situação de ''anormalidade'' legal, econômica e moral pela qual passam os imigrantes ilegais.
Por sua parte, o Sindicato Internacional de Empregados de Serviços (SEIU), que agrupa vários trabalhadores hispânicos, emitiu um comunicado no qual ''aplaude'' os passos neste sentido por parte do ex-presidente e do grupo de cidadãos conservadores influentes reunidos na capital.