Mulher vota com sua filha em Sófia: Uma em cada quatro pessoas vive abaixo da linha da pobreza no país (Reuters/Stoyan Nenov)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2013 às 11h34.
Sófia - Os eleitores búlgaros votaram neste domingo em uma <a href="https://exame.com/noticias-sobre/eleicoes%E2%80%8E" target="_blank"><strong>eleição</strong></a> marcada por suspeitas de fraude, com as expectativas de que um resultado apertado deverá prolongar a incerteza no país mais pobre da União Europeia.</p>
O partido GERB de direita, que renunciou após manifestações violentas sobre a pobreza e a corrupção, em fevereiro, está disputando voto a voto com os Socialistas. Isso levanta a possibilidade de que não seja possível formar uma coalizão e pode significar, em última instância, nova eleição.
Seis anos após a adesão da Bulgária à União Europeia, o descontentamento com a elite política é generalizado no país de 7,3 milhões. O desemprego está perto do recorde de oito anos e uma em cada quatro pessoas vive abaixo da linha da pobreza.
Na véspera da eleição parlamentar, os agentes de segurança do Estado apreenderam 350 mil cédulas ilegais, aumentando temores de fraude no país balcânico, notório por corrupção e crime organizado.
O líder socialista Sergei Stanishev chamou a descoberta de uma "conspiração sem precedentes contra a democracia", mas o presidente Rosen Plevneliev, que é independente e tem o apoio do GERB, disse a jornalistas que as fraudes seriam coibidas.
Uma pesquisa recente descobriu que 12 por cento dos búlgaros estariam dispostos a vender seus votos. Por causa de preocupações sobre o processo, cinco partidos --não incluindo o GERB-- contrataram uma empresa austríaca para realizar uma contagem independente dos votos.
Enquanto a zona euro está preocupada com a crise da dívida, os problemas na Bulgária mostram os riscos de crescentes revoltas políticas e econômicas às margens da União Europeia.
O GERB promete manter as dívidas sob controle e a estabilidade econômica, ganhando a simpatia dos investidores, enquanto os socialistas dizem que vão gastar mais, criando empregos e elevando o crescimento para acima de 1 por cento, previsto para este ano.