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Bulgária reconhece massacre de judeus da Grécia e Macedônia

O país, único aliado da Alemanha nazista que salvou seus judeus dos campos de concentração, assumiu sua responsabilidade no extermínio de 11.000 judeus


	Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: os parlamentares fizeram uma declaração oficial sobre o assunto
 (Nikolay Doychinov/AFP)

Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: os parlamentares fizeram uma declaração oficial sobre o assunto (Nikolay Doychinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 13h20.

Sófia - A Bulgária, única aliada da Alemanha nazista que salvou seus 48.000 judeus dos campos de concentração, reconheceu pela primeira vez, nesta sexta-feira, sua responsabilidade no extermínio de 11.000 judeus nos territórios da Grécia, Macedônia e Sérvia que ocupou e administrou durante a Segunda Guerra Mundial.

"Não se pode questionar o fato de que 11.343 judeus foram deportados do norte da Grécia e do reino da Iugoslávia que se encontravam sob jurisdição alemã. Condenando este ato criminoso dos comandantes hitleristas, lamentamos que a administração búlgara não tenha podido detê-lo", admitiu o Parlamento búlgaro em uma declaração adotada por unanimidade.

No dia 13 de março, será realizada pela primeira vez uma cerimônia comum na presença de representantes governamentais búlgaros, macedônios e gregos no porto de Lom, sobre o Danúbio, por onde as deportações de judeus dos territórios ocupados começaram em 1943.

Por outro lado, o parlamento classificou nesta sexta-feira a salvação de 48.000 judeus búlgaros "de acontecimento destacado, que mostra a tolerância e o sentido de justiça do povo búlgaro".

No dia 9 de março de 1943, trens de mercadorias estavam prontos para realizar a deportação de 9.000 judeus búlgaros em direção aos campos de extermínio nazistas na Polônia. Foi Dimitar Peshev, vice-presidente do parlamento e deputado do partido governamental, que protestou publicamente contra o projeto de deportação, o que impediu a marcha dos comboios. A Igreja cristã ortodoxa, intelectuais, o Partido Comunista, então clandestino, organizaram manifestações solidárias e o rei Boris III adiou sine die a deportação de judeus.

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