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Buenos Aires pede investigação sobre morte de promotor

O prefeito Mauricio Macri pediu que seja apurada "até as últimas consequências" a morte do promotor Alberto Nisman


	Mauricio Macri: "como pode ser que a violência esteja ganhando outra vez a via pública argentina?", questionou
 (AFP)

Mauricio Macri: "como pode ser que a violência esteja ganhando outra vez a via pública argentina?", questionou (AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 13h42.

Buenos Aires - O prefeito de Buenos Aires e nome forte para a disputa à presidencia da Argentina, Mauricio Macri, pediu nesta segunda-feira que seja apurada "até as últimas consequências" a morte do promotor Alberto Nisman, que liderou a investigação do atentado à associação mutual judaica Amia em 1994 e que há poucos dias denunciou a presidente Cristina Kirchner de encobrir seus autores.

Macri fez, além disso, um apelo para que haja "um antes e um depois" no acionamento dos serviços de inteligência.

O chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, confirmou hoje em uma breve pronunciamento que o corpo de Nisman foi encontrado na madrugada de hoje no banheiro de seu apartamento em Puerto Madero junto com "uma arma de fogo de calibre 22, além de uma cápsula de projétil".

"Passei do atordoamento, do choque, à indignação, à queixa, à impotência. Como pode ser que a violência esteja ganhando outra vez a via pública argentina?", questionou Macri a respeito em entrevista coletiva.

O líder do partido conservador Proposta Republicana (Pro) pediu que a justiça "aja de forma independente, rápida e contundente" para esclarecer o falecimento de Nisman em causas ainda não esclarecidas.

"É preciso se prudente e deixar que a justiça esclareça", respondeu ao ser perguntado sobre uma hipótese pelas causas da morte.

Além disso, ele cobrou que a equipe da promotoria continue com a denúncia apresentada na semana passada contra a presidente Cristina Kirchner e alguns colaboradores por suposto encobrimento de suspeitos iranianos do atentado em Buenos Aires contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos em 1994.

"Se esta morte terminar em mais impunidade, será um desastre para o futuro institucional de nosso país", afirmou Macri, que lamentou o "enorme prejuízo" para a Argentina no âmbito internacional a notícia da morte do promotor. 

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