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Buenos Aires admite que problema de trânsito não tem solução

Alto funcionário do governo afirmou que os congestionamentos na capital argentina não têm solução, em plena campanha eleitoral


	Trânsito em Buenos Aires: congestionamentos não podem diminuir pois "todos os dias novos automóveis vão para as ruas", disse o subsecretário de Transporte da cidade
 (Getty Images)

Trânsito em Buenos Aires: congestionamentos não podem diminuir pois "todos os dias novos automóveis vão para as ruas", disse o subsecretário de Transporte da cidade (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 14h44.

Buenos Aires - Em plena campanha eleitoral e às vésperas da inauguração de uma obra milionária no coração de Buenos Aires, um alto funcionário do governo da cidade admitiu nesta terça-feira que os congestionamentos no trânsito não têm solução na capital argentina.

"Não há nenhuma forma de diminuir os congestionamentos para os carros porque todos os dias novos automóveis vão para as ruas", reconheceu hoje o subsecretário de Transporte da cidade de Buenos Aires, Guillermo Dietrich.

O funcionário lembrou, no entanto, que a administração do governador Mauricio Macri opta por premiar os cidadãos que não utilizam seu veículo particular e optam pelo transporte público ou pela bicicleta.

"A única forma de andarmos melhor na cidade é com alternativas que não contribuam para inchar ainda mais o trânsito. E isto só pode ser feito evitando os carros", apontou Dietrich.

Suas declarações foram divulgadas no meio da campanha eleitoral da Argentina, as primárias acontecem em 11 de agosto, e às vésperas da inauguração da rede Metrobus no centro portenho, uma obra milionária que complicou o trânsito no centro da Buenos Aires durante meses e que mudou a fisionomia da emblemática Avenida 9 de Julho.

Segundo estimativas oficiais, cerca de dois milhões de carros circulam por dia em Buenos Aires, o que representa um aumento de 40% nos últimos oito anos. As autoridades atribuem esse aumento da frota à melhora econômica e ao crescimento da área metropolitana da capital .

Especialistas denunciaram insistentemente a falta de investimento em infraestrutura e vias rápidas, a insuficiência de estacionamentos e a necessidade de controlar o trânsito pesado em uma cidade por onde circulam diariamente pelo menos 50.000 caminhões.

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